Eleito na chapa de Paulo Odone para integrar o próximo Conselho de Administração do Grêmio, Alfredo Oliveira, o “Carioca”, morreu sábado, aos 67 anos, vítima de problemas cardíacos e pulmonares. Ele estava internado havia 60 dias no Pavilhão Pereira Filho, da Santa Casa.

Empresário, Alfredo Oliveira tornou-se conselheiro do Grêmio na década de 70. Em 1975, foi um dos responsáveis pela entrada de Fábio Koff no clube. A amizade com Odone teve início em 1982, quando este passou a atuar no departamento de futebol. E perdurou até sua morte. Emocionado, Odone recorda que só aceitou concorrer a presidente no final de 2004 por insistência de Carioca, que temia pelo futuro do clube, rebaixado para a Série B. E fez do amigo seu assessor, entre 2005 e 2008.

– Era um homem que celebrava a vida. Suas marcas registradas eram a solidariedade e a capacidade de motivar as pessoas – resume Odone.

O automobilismo era outra das paixões de Oliveira. Na década de 60, corria em carreteras, carros com chassi reforçado, em dupla com José Asmuz, eleito anos mais tarde presidente do Inter. Nos anos 70, participava de provas de Fórmula Ford em Tarumã, ao lado do falecido narrador esportivo Pedro Carneiro Pereira. Pisou pela última vez o autódromo na morte de Pereira, em 1973.

Sepultado ontem, no Cemitério São Miguel e Almas, “Carioca” deixa a mulher Virgínia Fagundes de Oliveira, os filhos Alfredo Oliveira de Oliveira e Flávia Oliveira e o neto Pedro, de 11 anos.