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 | 25/06/2010 21h26min

Técnico do Chile diz que Brasil ganhou agressividade e contundência

Com três desfalques, treinador prevê jogo “muito difícil” pelas oitavas

Classificado em segundo lugar no Grupo H da Copa do Mundo da África do Sul, Chile terá a árdua missão de enfrentar a Seleção Brasileira nas oitavas de final. Após a derrota por 2 a 1 para a Espanha, nesta sexta em Pretória, o treinador não poupou elogios ao time de Dunga. Para ele, além das características tradicionais, o Brasil de 2010 tem outras virtudes:

– O que o Brasil demonstrou historicamente poupa qualquer comentário. Sempre é uma equipe temível. Esta última conserva todas as características do futebol deste país e ganhou agressividade e contundência.

Bielsa prevê um duelo "muito difícil" com a Seleção. Para complicar ainda mais a situação do Chile, a equipe não poderá contar com três jogadores. A dupla de zaga formada por Medel e Ponce e o volante Estrada estão todos suspensos.

Precisando de um empate para garantir a classificação às oitavas de final da Copa do Mundo, o time sul-americano chegou a correr risco de eliminação. Mas com o 0 a 0 entre Suíça e Honduras no outro jogo pela chave, o time sul-americano avançou. Após o jogo, Bielsa considerou a expulsão de Estrada, que fez falta sem bola em Fernando Torres depois do primeiro gol espanhol, mudou a história da partida.

– Mantivemos a partida equilibrada até a expulsão, com muito esforço – comentou o treinador argentino.

Realista, porém, Bielsa admitiu que seu time não é superior ao espanhol.

– Nunca pensamos que éramos melhores do que a Espanha, mas nós podíamos jogar com a Espanha de igual para igual – completou.

Bielsa também não culpou os seus jogadores por não brigarem mais pelo empate.

– Meu raciocínio foi conseguir mais um gol, mas caímos em um conformismo que posso chamar de instintivo – disse. – A Espanha sentiu que era suficiente ganhar e nós instintivamente sentimos que classificar era o objetivo principal – acrescenta.

A única crítica do técnico argentino foi em relação à marcação deficiente do Chile, que tomou três cartões amarelos ainda no começo do jogo.

– Não conseguimos antecipar (a marcação) com precisão e, além disso, não é o mesmo tirar a bola de qualquer time do que é desta equipe espanhola, que faz do toque de bola uma arte – argumenta Bielsa.

Agência Estado
Martin Bernetti, AFP / 

Marcelo Bielsa orienta os chilenos durante a derrota para a Espanha
Foto:  Martin Bernetti, AFP


 

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