| 01/11/2009 09h41min
Uma mudança no vôlei vem causando incertezas e reprovação entre jogadores que disputarão o Mundial Interclubes Masculino, em Doha, a partir de terça-feira.
Em caráter experimental, as partidas das oito equipes da competição - que terá a Cimed como representante brasileiro - adotarão o sistema Golden Formula, em que o primeiro ataque de cada ponto terá de ser feito antes da linha dos três metros. A intenção da Federação Internacional de Vôlei (Fivb) é manter a bola mais tempo no ar e aumentar o número de ralis.
Os atletas ouvidos pela reportagem torceram o nariz para a regra. O oposto Leandro Vissotto, que defenderá a equipe italiana do Trentino no Mundial, disse que o novo sistema não agradou.
– O pessoal do Trentino não gostou porque descaracteriza o vôlei. A alteração é brusca. Particularmente não achei legal, mas pode ajudar a ter mais ralis – disse Vissotto, que falou que o Trentino começou a treinar sob o novo sistema apenas nesta
semana.
Entre atletas e comissão técnica da
Cimed, a opinião não difere. Além de não aprovarem o sistema, ninguém sabe ao certo qual é a melhor forma de armar taticamente a equipe. Alguns jogadores, de acordo com o técnico Marcos Pacheco, do time catarinense, poderiam até correr risco. Como é o caso do líbero.
– Como toda regra, a primeira impressão é negativa. (A Golden Formula) Muda a essência do vôlei. A questão do líbero vai ser questionada, pode colocar em xeque a regra adotada recentemente de dois líberos por equipe. Vou repensar isto para minha equipe – falou Pacheco.
Se depender dos envolvidos no vôlei, o Mundial será o primeiro e último torneio com a Golden Formula.
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