| 29/09/2009 16h38min
O prefeito da cidade do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e o governador do Estado, Sérgio Cabral Filho, disseram nesta terça-feira, ao desembarcarem em Copenhague, na Dinamarca, que a viagem do presidente americano, Barack Obama, ao local, não muda em nada a estratégia definida para levar as Olimpíadas de 2016 para o Rio de Janeiro. A Casa Branca anunciou na segunda-feira que Obama estaria em Copenhague para apoiar a candidatura de Chicago na reunião do Comitê Olímpico Internacional (COI) que deve definir a sede dos Jogos Olímpicos de 2016.
- A chegada do presidente Obama dá mais valor ao evento. Mas ele se manteve distante durante todo o processo. Agora, aparece com o objetivo de dar prestígio à escolha de sua cidade, enquanto Lula está comprometido desde o primeiro momento, reunindo-se com os membros do COI e assumindo compromissos - disse Cabral.
O ex-jogador de futebol Pelé também defendeu que o Brasil não deve se preocupar com uma possível influência de Obama na
escolha do COI. Segundo
ele, o país não compete com Obama, mas com outras três cidades: Madri, Tóquio e Chicago. Além disso, Pelé disse que o ineditismo é um fator que pesa a favor da América do Sul nessa disputa.
- Nós temos algumas razões para acreditar no Rio de Janeiro, não apenas no Rio mas na América do Sul, porque nós nunca tivemos a Olimpíada - disse o ex-jogador.
O Rio de Janeiro é visto como um favorito antes da votação de sexta-feira do COI, mas a decisão de Obama de voar até Copenhague poderá balançar os membros da entidade a favor de Chicago. O rei da Espanha, Juan Carlos, a rainha Sofía, e o presidente do Governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, viajarão nesta quarta-feira para Copenhague, onde se juntarão ao grupo que defende a candidatura de Madri para sediar os Jogos. Tóquio confia na presença do primeiro-ministro japonês, Yukio Hatoyama, enquanto Paes, Cabral e Pelé aguardam o presidente Lula para ajudar na defesa da candidatura do Rio de Janeiro. A comitiva do
Brasil conta ainda com o
presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, o ex-presidente da Fifa João Havelange e o secretário-geral da campanha Rio 2016, Carlos Roberto Osório.
- O projeto do Rio já foi aprovado pelo COI. Agora, na reta final, é mais uma questão política: mostrar aos eleitores que eles podem dar à América do Sul a oportunidade de realizar os Jogos pela primeira vez - disse Paes - Somos muito otimistas, mas há quatro grandes cidades com quatro grandes projetos. O que nos diferencia do resto é a capacidade de transformação que os Jogos no Rio podem ter e o que podemos fazer pelo movimento olímpico - completou o prefeito.
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