Quando o empresário Jorge Machado deixou a sala do departamento jurídico do Estádio Olímpico, ontem, por volta das 17h30min, estavam encerradas mais de sete horas de reunião. Nela, ficou definida a renovação de contrato do técnico Celso Roth até dezembro de 2009. Passou de um salário de R$ 150 mil para R$ 220 mil. Um aumento de 46,67%.

Roth pediu alto para permanecer no vestiário do Olímpico: cerca de R$ 300 mil mensais, embora Machado negue. Espantou a direção. A contraproposta, entre idas e vindas, chegou a R$ 220 mil. Machado e Roth analisaram a oferta e, ontem, decidiram aceitá-la.

Contratado em fevereiro por R$ 100 mil, em agosto o técnico obteve 50% de aumento por conta da boa campanha no Brasileirão.

— Chegamos ao máximo. Pagamos até um pouco mais do que o clube deveria pagar — disse o recém-eleito presidente, Duda Kroeff.

— O que pesou para a permanência do Celso Roth foi o fato de disputar a Libertadores — emendou Jorge Machado.

Kroeff tem resistência a salários exorbitantes no futebol brasileiro. Mas, a favor de Roth, há o fato de considerá-lo tecnicamente ao nível de Muricy Ramalho e Wanderley Luxemburgo, embora lhe faltem os títulos:

— O Celso amadureceu. Está na hora de uma grande conquista.

Agora a busca é por preparador físico — Flávio de Oliveira foi contratado pelo Corinthians. Luciano Ilha, que nessa temporada trabalhou como auxiliar de Oliveira, poderá ser efetivado. Outra opção é William Thomas, ex-preparador físico das categorias de base do Grêmio, que atualmente trabalha com Lucas no Liverpool.

Na segunda-feira, o lateral-direito Ruy, que disputou o Brasileirão pelo Náutico, e o atacante Wellington Paulista, ex-Botafogo, serão anunciados para a Libertadores.

Com as vendas de Rafael Carioca, para o Spartak Moscou, e de partes dos direitos federativos de Maylson, Mattioni e Léo para investidores, o Grêmio deve manter o restante do grupo. Léo, que chegou a interessar ao mesmo Spartak, deve permanecer ao menos até a metade de 2009.

Willian Magrão, sondado pelo futebol alemão, não será negociado antes da Libertadores. Os demais reforços deverão ser contratados com investidores como o gaúcho Delcyr Sonda, o espanhol Alberto Passos e o norte-americano Douglas Wiesenthal.