| 04/10/2008 22h43min
Correção: Diferentemente do que informou este site na reportagem "Há 30 anos em ZH: Benítez volta para ganhar o tri brasileiro" (03/10/2008 - 16h30min), o Inter não foi campeão gaúcho de 1979, mas sim o Grêmio. O jogador paraguaio Benítez foi quatro vezes campeão gaúcho pelo Inter, nos anos de 1978, 1981, 1982 e 1983.
A edição de Zero Hora de 3 de outubro de 1978 noticiava o primeiro dia de treinos do paraguaio José de La Cruz Benítez Santa Cruz, em seu retorno ao Inter. Benítez havia chegado ao clube em 1977. Após uma breve passagem pelo Palmeiras, ele voltou para ser o goleiro de um dos maiores títulos da história do time do Beira-Rio, o tricampeonato brasileiro invicto em 1979, e outros quatro títulos gaúchos, em 1978, 1981, 1982 e 1983.
Há 30 anos, Zero Hora noticiava o dilema do técnico Cláudio Duarte, que já tinha Gasperin e Bagatini disputando a posição. Eram "três bons valores", segundo o jornal, que publicou declarações dos goleiros e do treinador. Cláudio ainda dava preferência para Gasperin.
Benítez, que deixou o Palmeiras após o retorno do titular Leão, ainda teve de fazer uma cirurgia para retirar da garganta os fios deixados por engano pelo médico que retirou suas amídalas no Paraguai. Para se recuperar rapidamente, começou a treinar antes da nova intervenção e
até sem assinar contrato.
— Só não assinei pois "os homens" estão em São Paulo. Isto não demora, garanto. Fico bom da garganta e vou brigar pelo meu lugar no campo — disse.
Brigou e conquistou. No ano seguinte, o homem que chamou a atenção da direção colorada ao fechar o gol da seleção paraguaia em empate contra o Brasil no Maracanã, em 1977, marcou seu nome como um dos maiores goleiros da história do Inter. Integrou o supertime de Mauro Galvão, Falcão, Batista, Jair e Valdomiro, entre outros.
Benítez ficou no clube até o fim da carreira, que aconteceu de forma quase trágica. Em um amistoso em Alegrete, o goleiro bateu a cabeça na perna de um adversário e teve compressão da medula, caindo ao chão desacordado. Mauro Galvão foi o responsável por virar o corpo do goleiro e salvá-lo da asfixia. Mesmo assim, teve que parar de jogar.
Mesmo após pendurar as chuteiras, o paraguaio nunca mais deixou Porto Alegre. Atuou como preparador de goleiros do Inter por
sete anos — teve como pupilo o tetracampeão do
mundo Taffarel —, foi treinador de times do Interior e trabalhou como empresário — tendo sido responsável pela transferência do compatriota Gamarra para o Inter, entre outras. Atualmente, é diretor de futebol do São José, clube da zona norte da Capital.
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