1º Festival da Excelsior
2º Festival da Excelsior
2º Festival da Record
1º Festival Internacional da Canção (FIC)
3º Festival da Record
2º Festival Internacional da Canção
1º Bienal do Samba
3º Festival Internacional da Canção
4º Festival da Record
4º Festival Internacional da Canção
5º Festival da Record
5º Festival Internacional da Canção
6º Festival Internacional da Canção
7º Festival Internacional da Canção
Festival Abertura
Festival da Tupi
MPB 80
MPB Shell 81
MPB Shell 82
Festival dos Festivais
3º FESTIVAL
DA RECORD
21.out, 1967 | Teatro Paramount (SP)
vencedores
O QUE MARCOU
O festival simbolizou um momento de ruptura na música nacional ao contrapor modernidade e tradição. De um lado, Gil, Caetano e Os Mutantes ligavam o Brasil à cultura pop internacional, colocando para ferver no caldeirão que dava origem ao movimento tropicalista influências absorvidas das artes visuais, do cinema de vanguarda e da guinada psicodélica que os Beatles apresentaram no álbum Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band, lançado em junho daquele ano. Como representantes da "velha guarda", os jovens Chico Buarque e Edu Lobo mostravam-se igualmente revolucionários em suas canções vigorosas e politizadas.
Diante da grande expectativa gerada por este que se consagraria como "o festival dos festivais", a Record busca um espaço maior, o Teatro Paramount, com 2 mil lugares. A qualidade das canções finalistas e dos artistas classificados é tão alta que torcidas organizadas dão ao evento clima de final de Copa do Mundo. Além dos cinco primeiros colocados, sobem ao palco nomes como Elis Regina, Nana Caymmi, Nara Leão, Geraldo Vandré e Jair Rodrigues. No calor do clima político da época, as canções passam pelo pente fino da censura, e o público, em especial o do ambiente universitário, divide os artistas entre "alienados" e "engajados". Nesse festival, é facultado aos compositores cantar suas músicas — até então, os organizadores participavam na escolha dos intérpretes.
CURIOSIDADE
Sergio Ricardo foi responsável por uma cena antológica do festival: diante das vaias recebidas quando cantava Beto Bom de Bola, quebrou seu violão e o atirou no público, que não se empolgou com a ambiciosa saga de um jogador de futebol pontuada por complexas variações rítmicas. Os ânimos estavam acirrados desde a eliminatória, e as tentativas de Sergio em acalmar a plateia foram como gasolina jogada no fogo.
Caetano Veloso
FOTo: WILSON SANTOS CPDOC JB