| 28/11/2005 13h24min
O assessor especial de Assuntos Exteriores da Presidência do Brasil, Marco Aurélio Garcia, considerou positivo o ingresso da Venezuela no Mercosul, porque permitirá que o bloco não fique tão preso ao sul do continente.
– É um país com grande potencial energético e que está interessado em levar adiante um processo de industrialização que nós apoiamos muito – disse Garcia sobre a Venezuela em entrevista publicada hoje no jornal argentino Página/12.
A futura incorporação venezuelana ao Mercosul será debatida durante o encontro, na próxima quarta em Puerto Iguazú (Argentina), do presidente Lula com o presidente da Argentina, Néstor Kirchner.
O assessor insistiu que é preciso dar mais importância à institucionalização do bloco sul-americano formado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. Ele afirmou que o Mercosul já não pode depender tanto das reuniões presidenciais ou de chanceleres, mas deve manter uma atividade permanente.
A próxima reunião de Lula com Kirchner servirá para assinar novos convênios destinados a reforçar ainda mais os laços entre brasileiros e argentinos. Na quarta-feira, completam-se 20 anos dos primeiros acordos de integração econômica bilateral.
Faltando dois dias para a reunião presidencial, só falta acertar uma cláusula de adaptação competitiva proposta pela Argentina para proteger, por meio de salvaguardas comerciais com prazo determinado, setores de sua indústria sensíveis à concorrência brasileira.
Garcia disse ainda que os problemas de compatibilidade entre Brasil e Argentina neste momento não são tão importantes.
O assessor especial comentou também sobre a IV Cúpula das Américas, realizada em novembro na Argentina, e o debate acerca da Área de Livre Comércio das Américas (Alca), um assunto que, na sua opinião, estava fora de agenda e se tentou impor no fórum.
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