| 10/10/2009 16h38min
A guria de malha colorida executa concentrada a série de exercícios sobre a trave de equilíbrio. Seria a etapa final das três horas de treino pela manhã. Na saída do aparelho, porém, a expressão no rosto miúdo se fecha.
— Terminaste a tarefa?— perguntou o técnico, enquanto a menina dava a volta no instrumento que tem 10 centímetros de largura.
Pensativa, parou. Coçou o tornozelo, de onde subiu se contorcendo até o rabo de cavalo enfeitado com presilhas coloridas. Respirou fundo. Alisou o penteado por duas vezes. Replicou:
— Sim, mas... ficou meio suja. Posso fazer mais uma?
A atitude, aparentemente singela, é a marca de Brenda Brito, 11 anos. Enquanto a maioria das colegas, exaustas, torcem — algumas até choram — para não repetir os exercícios, a vice-campeã brasileira infantil de ginástica artística pede mais. Para o esporte em que debutou aos cinco anos, Brenda é fisicamente perfeita: pequena, forte e rápida.
Competitiva, não desiste até de realizar cada série com
perfeição. Treina como gente grande.
De segunda a sábado, chega ao Grêmio Náutico União às 8h. Desde o início de 2009, as segundas, quartas e sextas ganharam um turno a mais, depois da escola. Ambiciosa, não se intimida com as infindáveis repetições nos quatro aparelhos:
— Quando a gente erra, dá medo. Mas tem que levantar e repetir.
A pequena porto-alegrense sabe que pode sonhar grandeo. Ao falar sobre Olimpíada, não se deslumbra. Em seus planos, a chegada a 2016 será natural. De onde vem tanta convicção? Basta perguntar a Brenda se ela quer ser convocada à seleção aos 15 anos:
— Ou mais nova. Com 13, 14 anos, já posso estar lá. Só depende de mim.
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Em vídeo, conheça as apostas do Estado para a Olimpíada no Brasil:
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