| 11/06/2009 08h04min
O movimento de pessoas em direção ao trabalho na Rua Conselheiro Mafra, Centro de Florianópolis, começa por volta das 6h30min. Uma das 53 câmeras de segurança da Polícia Militar (PM) foca no homem sentado, de bermuda, e com uma latinha na mão. Ele fuma crack logo no início do dia e na área em que está sendo filmado pela PM. Uma cena que revela a dimensão do vício nas ruas da Capital.
Aparentemente ele não demonstra nenhuma preocupação. Está entregue ao vício. Depois de fumar a pedra toda, sai tonteante do lugar sob o efeito imediato da droga. No quartel do 4º Batalhão da Polícia Militar, no setor de observação das câmeras, os policiais se dizem acostumados a presenciar imagens como essa no Centro.
Para o tenente-coronel Newton Ramlow, a situação não é mais caso de polícia, pois o usuário é detido e liberado porque a lei não prevê prisão em relação ao consumo.
– Eles voltam para a rua assim que são liberados. Infelizmente não temos como agir e
evitar essa triste realidade – lamenta
o coronel Newton Ramlow.
A Conselheiro Mafra é um dos redutos dos “casqueiros”, como são chamados os usuários de crack. Também consomem na Praça XV de Novembro, Avenida Gustavo Richard, na região das pontes e do Terminal Rita Maria. No Continente, o consumo é intenso no Bairro Monte Cristo, região considerada problemática em relação à criminalidade.
Prefeitura de Florianópolis promete fazer trabalho na rua
A prefeitura de Florianópolis já prometeu uma mobilização para diagnosticar a realidade do crack nas ruas da Capital. A secretária de Assistência Social, Rosemeri Bartucheski, disse que serão levantados os dados dos usuários, condição social, saúde, idade e escolaridade, e também haverá encaminhamentos em busca de tratamento.
– O problema é que muitos estão na rua por opção de vida – constata a assistente social Irma Remor Silva, do programa de abordagem de rua da prefeitura.
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