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 | 22/01/2008 05h18min

Juniores disputam vaga na final da Copinha

Com a torcida de Taffarel e Pato, jovens colorados enfrentam o Rio Branco-SP

Guilherme Fister  |  guilherme.fister@zerohora.com.br

São muitas as promessas do time do Inter que entrará em campo na tarde desta terça-feira, às 16h, contra o Rio Branco-SP, pelas semifinais da Copa São Paulo.

Alguns deles vêm chamando a atenção de dirigentes e torcedores desde o vice no Campeonato Brasileiro sub-20, em dezembro. É o caso de Agenor e de Tales. Só que, além de qualidade, estes dois são apadrinhados por craques do passado e do presente: Taffarel e Alexandre Pato.

Aos 18 anos, Agenor chegou ao Beira-Rio contratado do Juventude em setembro de 2006. Não sofreu com problemas de adaptação porque começou a morar sozinho muito cedo, desde os 13, quando deixou a pequena Viadutos, cidade de cerca de 6 mil habitantes próxima a Erechim, para defender a equipe de Caxias.

Surpresa foi quando o ídolo de infância, impressionado com o que via nos treinos, fez o primeiro contato com o rapaz. Agenor diz que não sabe descrever com palavras quando Taffarel conversou com ele pela primeira vez. Hoje, o ex-jogador é seu empresário.

— Falei que se eu me tornasse 10% do que ele foi, seria o melhor goleiro do mundo — lembrou Agenor.

Apesar das declarações de Agenor, Taffarel assegura que quem agiu como tiete na primeira reunião sobre a carreira do goleiro foi o pai, Argenol.

— Ele só queria falar do passado. Dizia: "se lembra daquele Gre-Nal..." — entregou Taffarel.

Conhecedor da posição, Taffarel não se limita a cuidar dos negócios apenas fora de campo. Sempre que pode, aparece para assistir aos treinos. Quando se dá conta, está passando orientações. Mesmo longe, não abandona o pupilo. Acompanha os jogos da Copa São Paulo pela tevê. Depois, telefona para passar suas percepções sobre os desempenhos. E, claro, dá dicas para ele melhorar. Taffarel projeta um futuro resplandecente a Agenor.

— Velocidade muito boa, é bastante frio, seguro. Está no caminho certo — assegura.

Personalidade, Agenor já mostrou que tem. Cobrador de pênaltis oficial da equipe, ele errou o primeiro da série decisiva nas quartas-de-final da competição contra o Santos. Não se abalou e defendeu os dois seguintes. Saiu de campo consagrado.

— Fiquei brabo comigo quando errei, mas procurei me concentrar ainda mais para pegar os outros — disse.

Se Taffarel é o avalista de Agenor, Tales, 17 anos, é abonado pelo craque mundial do momento: Alexandre Pato, camisa 7 do Milan. A amizade da dupla vem desde as categorias anteriores da base. O gol contra o Al Ahly, do Egito, no Mundial da Fifa, foi dedicado ao amigo do peito. Mesmo separados por um oceano, os dois mantêm contatos quase diários pelo MSN. Quando visitou Porto Alegre nas férias, Pato fez questão de dar um abraço em Tales.

— Encaro isso como motivação e orgulho. O Pato passou pelo que estou vivendo e sabe que tenho potencial para conquistar na minha carreira o que ele conquistou na dele — garante Tales.

 
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