| 26/10/2005 20h30min
O Brasil não está preparado para barrar a epidemia de gripe aviária que se alastra pela Europa e já chegou à América Latina. A implantação de medidas de prevenção a esta e outras doenças, preconizadas desde 2001, ainda está em andamento e, na opinião de técnicos de defesa animal, é uma questão de tempo para que a doença entre no Brasil.
– Antes de concluir os itens básicos, não estamos protegidos, não podemos tomar uma atitude eficiente se a doença chegar – afirma Odilon Douat Baptista Filho, chefe da seção de sanidade avícola da Secretaria da Agricultura do Paraná.
Cadastrar as unidades produtoras em todo o país é o primeiro passo do programa de regionalização proposto pela União Brasileira de Avicultura (UBA). Regionalizar significa restringir o trânsito de animais vivos entre Estados para manter o controle da origem, rota e destino das cargas. Conforme Baptista, assim é fácil fechar as fronteiras e identificar a origem da doença em caso de ocorrência no Brasil.
– A regionalização é um ajuste mais severo do Plano Nacional de Sanidade Avícola – explica a chefe da divisão de fiscalização sanitária animal da Secretaria da Agricultura, Adriana Reckziegel.
Esse plano prevê a adoção de medidas internas de prevenção em cada Estado do país. A primeira é localizar e certificar as granjas. Baptista lamenta que as ações de prevenção tenham começado apenas este ano.
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