Prováveis veículos de disseminação de vírus entre os continentes, as aves migratórias que passam pelo Brasil estão na mira de pesquisadores que tentam evitar a chegada da gripe aviária no país.

Em dezembro, uma equipe do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), dos ministérios da Agricultura e da Saúde e do governo do Estado estarão coletando amostras de sangue dos animais no Parque Nacional da Lagoa do Peixe. Com 34,4 mil hectares, a reserva localizada nos municípios de Mostardas e Tavares é um dos principais pontos de alimentação de aves migratórias em território nacional.

Este ano a equipe pretende capturar e analisar entre 300 e 700 aves no Parque Nacional da Lagoa do Peixe. As coletas também serão feitas em animais domésticos do entorno, como galinhas, patos e perus.

– É importante que as pessoas avisem o Ibama ao encontrar aves mortas, principalmente se for em grande quantidade, e nunca tocar nos animais – adverte Scherezino Scherer, técnico do Ibama.