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 | 23/03/2004 22h01min

Guga, Saretta, Mello e Sá dizem mais um não para a CBT

Atletas só entram em quadra com a renúncia de Nelson Nastás

Os tenistas Gustavo Kuerten, Flávio Saretta, Ricardo Mello e André Sá, respectivamente números um, dois, três e cinco do Brasil, responderam não ao ultimato feito pelo presidente da Confederação Brasileira de Tênis (CBT), Nelson Nastás, nesta terça, dia 23.

Nastás exigiu que os jogadores confirmassem até as 15h desta quarta se iriam ou não entrar em quadra pela equipe brasileira da Copa Davis no confronto contra o Paraguai pelo grupo americano. O duelo ocorre entre os dias 9 e 11 de abril na Costa do Sauípe (BA).

Guga, em entrevista coletiva concedida no centro de imprensa do Crandon Park nesta terça, onde acontece o Masters Series de Miami, nos Estados Unidos, lançou a seguinte pergunta como resposta para a CBT.

– O Nelson (Nastás) está lá (na CBT) há 10 anos. Se ele já disse que vai sair em maio, junho, por que então não sai agora? – questionou o brasileiro.

– A minha posição vem sempre sendo a mesma desde que saí do Brasil, de que enquanto essas pessoas que comandam a CBT estiverem lá, eu não vou participar. Acho que tem muita gente confundindo com outras coisas, falando de apoio à oposição ou ao grupo que está se formando. Para mim, as coisas estão bem claras. Não tem um ambiente nada favorável para jogar a Copa Davis com essa diretoria – esclareceu Guga.
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Guga mais uma vez declarou que sua atitude tem como objetivo fazer o tênis crescer no Brasil e que preferia não estar passando por toda essa confusão.

– Para evoluir, o tênis precisa da minha participação, da participação do Larri, de pessoas envolvidas diretamente e hoje não existe isso. Estou lutando por uma coisa benéfica a longo prazo. Sei que é um assunto delicado e cada pessoa pode julgar de uma forma diferente. Respeito qualquer outra opinião e não queria estar vivendo esta situação. Mas são momentos como esse que às vezes são importantes, que ficam marcados, e acredito que estou fazendo isso por uma boa causa. Foi uma decisão que eu tomei e sigo pensando da mesma forma, mas na expectativa de que ainda dê para jogar.

Saretta, Mello e Sá, que também estão em Miami para a disputa do Masters Series local, responderam no mesmo tom para CBT.
 
– Continuo com a mesma posição de não jogar. Nós jogadores estamos muito unidos e não podemos desperdiçar a chance de tentar mudar o futuro do tênis brasileiro – declarou Saretta.

– Nós conversamos bastante e não concordamos que o Nelson (Nastás) fique até o dia 15 de maio, porque na nossa cabeça, desse jeito, ele ainda é o presidente – disse Mello.

– É a primeira vez que estamos unidos em prol do tênis em geral. É doloroso não jogar a Davis, mas é para o bem de todos – acrescentou Sá.

Saretta acena com a única condição de mudar esse cenário.

– Só queremos deixar claro que, se ele (Nelson Nastás) sair, a gente joga na hora – concluiu.

 

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