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Copom inicia nesta terça reunião que pode definir baixa nos juros

Governo dá sinais de queda na Selic; mercado espera de um a dois pontos percentuais

Eles não garantiram publicamente que os juros vão cair, mas nesta segunda, dia 21, os ministros da Fazenda, Antonio Palocci, e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, deram novos sinais de que a taxa Selic baixará dos atuais 26% ainda neste mês. Do mercado também vieram projeções de que a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que começa nesta terça, dia 22, deve encerrar na quarta com o anúncio de redução da Selic.

Pela manhã, em entrevista ao programa Bom Dia Brasil, da Rede Globo, Palocci afirmou que se a inflação continuar caindo, a redução de juros iniciada pelo Banco Central no mês passado pode continuar. O ministro garantiu, também, que o governo vem tomando medidas para aquecer a economia ainda em 2003:

– Do ponto de vista macroeconômico, estamos melhor do que no começo do ano e vamos terminar o ano com crescimento.

Horas mais tarde, durante almoço com empresários da indústria de eletroeletrônicos, o ministro Furlan afirmou que a produção industrial será prioridade do governo a partir de agora e vários passos nesta direção começarão a ser dados. A informação foi confirmada pelo presidente da Eletros, Paulo Saab, após o encontro.

– O ministro não disse, mas entendo que essa prioridade deverá se traduzir em queda de juro e redução dos compulsórios sobre os depósitos bancários. A redução do juro deverá servir como sinalização – afirmou Saab.

No mercado financeiro, a semana começou em queda no mercado de juros futuros. Na expectativa pela reunião mensal do Copom, investidores mantiveram a tendência de recuo das taxas anualizadas com as apostas de que a Selic deve recuar entre um e dois pontos percentuais.

Também por causa da expectativa de queda da taxa de juros, o banco Merrill Lynch elevou a recomendação de compra de ações de empresas brasileiras de média para acima da média.

– Acreditamos que o mercado de ações brasileiro vá se beneficiar de um prolongado período de afrouxamento monetário – afirmou em relatório o banco.

O cenário refletiu no risco Brasil – o principal indicador da confiança externa na economia brasileira –, que encerrou os negócios nesta segunda com a quinta queda consecutiva. Segundo o banco JP Morgan Chase, o risco Brasil recuou 1,63% e terminou o dia a 726 pontos-base. Na mínima do dia, o indicador atingiu 711 pontos.

 

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