| 02/07/2008 18h47min
O governo chileno expressou nesta quarta-feira alegria com o resgate da ex-candidata presidencial da Colômbia Ingrid Betancourt, que permaneceu seis anos em poder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), e destacou o fato como um passo rumo à paz permanente no país.
— É um primeiro passo no que esperamos que seja um processo significativo contínuo, até conseguir a paz permanente em um país irmão, tão próximo do Chile — afirmou aos jornalistas o ministro de Relações Exteriores chileno, Alejandro Foxley.
O chanceler reiterou ainda a condenação chilena ao uso do seqüestro com fins políticos e enviou uma mensagem de "solidariedade" para aqueles que seguem em poder das Farc.
— Expressamos nossa condenação mais forte ao seqüestro, à cobrança de resgate e ao uso de seres humanos com fins terroristas — disse o chefe da diplomacia chilena.
O ministro da Presidência, José Antonio Viera Gallo, disse que "cada vez que termina
uma violação aos direitos humanos no mundo é
motivo de alegrar".
— Ingrid Betancourt era o símbolo de uma mulher injustamente seqüestrada, privada da liberdade e do contato com sua família. Uma mulher símbolo em matéria de direitos humanos — afirmou Gallo.
Betancourt, os americanos Thomas Howes, Keith Stansell e Marc Gonsalves; e outros 11 militares e policiais foram resgatados hoje pelo Exército Colombiano nos departamentos de Guaviare (sul) e Vaupés (sudeste).
Gallo enviou ainda uma "grande saudação" a Betancourt, à sua família e a todos os que trabalharam pela libertação dos reféns que estavam seqüestrados pelas Farc.
— Uma grande saudação, porque todo o povo chileno se alegra com esta muito boa notícia — assinalou o ministro, que ressaltou que Betancourt "tinha conquistado um lugar em todos os corações do mundo".
O ministro manifestou também sua esperança de que esta libertação também se expanda a Mianmar, onde a vencedora do prêmio Nobel da Paz,
Aung San Suu Kyi, se encontra detida.
O ministro
porta-voz do governo, Francisco Vidal, disse que a libertação de Betancourt é um "bom triunfo para a humanidade".
— A lição para todo mundo é que as formas de fazer política não podem ajudar à violação dos direitos humanos — ressaltou.
Por sua parte, o presidente do Senado, Adolfo Zaldívar, manifestou que "o importante é que se termine com um sistema tão brutal como são os seqüestros".
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