| 10/04/2008 17h33min
O dólar manteve-se em baixa em relação ao real pelo oitavo dia consecutivo e fechou cotado a R$ 1,684, queda de 0,30%, na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), e a R$ 1,685, baixa de 0,24%, no mercado interbancário de câmbio. Com a queda desta quinta-feira, a moeda americana retoma o nível de quase um mês atrás, do dia 12 de março deste ano, quando fechou a R$ 1,674, tanto na BM&F quanto no mercado interbancário.
No mês de abril, até esta quinta-feira, a moeda americana ainda não fechou em alta em relação ao real. Nessas oito sessões do mês, a moeda apura perda de 3,88% ante o real no mercado interbancário e, no ano, a queda chega a 5,07%.
Além da continuidade do fluxo cambial positivo, os ganhos das Bolsas americanas hoje, combinados com a recuperação do dólar ante o euro, após a moeda européia ter batido nova máxima histórica durante a sessão da madrugada, a US$ 1,5915, adicionaram motivação à venda de moeda no mercado local.
Segundo
operadores, houve novos ingressos
financeiros de empresas e também de investidores estrangeiros atraídos por operações de arbitragens (que buscam ganhar com a diferença entre as taxas de juros interna e externa) no mercado brasileiro.
Juros
Diante da manutenção dos juros hoje pelo Banco Central Europeu (BCE) em 4% ao ano, da redução da taxa básica pelo Banco da Inglaterra (BoE, o BC inglês) em 0,25 ponto, para 5% ao ano, e das perspectivas de aumento da taxa básica de juros brasileira, a Selic (que está em 11,25%) no Brasil, na próxima semana, e de corte dos juros nos Estados Unidos (que estão em 2,25% ao ano) no fim do mês, os investidores estrangeiros não estão titubeando e vêm migrando para cá a fim de obter maiores ganhos, disse uma fonte.
Como a aversão ao risco diminuiu lá fora e os investidores venderam títulos do Tesouro dos Estados Unidos (Treasuries) e compraram ações em Nova York, algumas tesourarias de bancos locais e também investidores
estrangeiros posicionados na compra no mercado
futuro sentiram-se encorajados a reduzir essas posições, o que influenciou ainda mais o recuo das cotações do dólar no mercado à vista.
Banco Central
Hoje, o Banco Central (BC) interveio no mercado de câmbio, com o tradicional leilão de compra de dólares. Segundo operadores, o BC pode ter adquirido cerca de US$ 350 milhões no leilão. A taxa de corte paga pela autoridade monetária foi de R$ 1,682. Das quatro propostas (de quatro bancos) apresentadas com taxas declaradas, que iam de R$ 1,6808 a R$ 1,685, o BC aceitou apenas uma delas. Treze instituições não informaram as taxas apresentadas.
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