A moeda americana fechou em queda em relação ao real pela sexta sessão consecutiva e voltar a ser cotada abaixo de R$ 1,70. O dólar comercial cedeu 0,59% e terminou o dia a R$ 1,694, o menor valor desde 18 de março (quando fechou a R$ 1,688). Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar negociado à vista também recuou 0,59%, a R$ 1,693, menor taxa do dia.

Com um volume de negócios reduzido, a moeda oscilou entre leve alta na abertura e queda à tarde, que se acentuou no fim dos negócios enquanto as Bolsas em Nova York devolviam parte das perdas registradas após a divulgação de documento do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA).

Um fluxo financeiro positivo de cerca de US$ 600 milhões, entre outros ingressos de valores mais baixos, assegurou a manutenção da trajetória de queda, afirmaram operadores consultados. O giro total à vista somou cerca de US$ 1,854 bilhão.

O dólar chegou a subir na abertura, pressionado pelas quedas das bolsas de valores em Wall Street depois que a Alcoa e a Advanced Micro Devices (AMD) levantaram receios de que uma desaceleração econômica irá prejudicar significativamente os balanços das empresas americanas.

À tarde, após a divulgação da ata do último encontro do Fed, os índices acionários em Wall Street ampliaram as baixas. A ata destacou a dificuldade do Fed para decidir sobre o corte de 0,75 ponto percentual na taxa de juros do país, dado o aumento das incertezas sobre a perspectiva tanto para a atividade econômica quanto para a inflação.

De acordo com a ata, alguns membros do Fed acham provável que a atividade econômica dos EUA vai se contrair no primeiro semestre de 2008.

Alguns membros também expressaram preocupação de que o estresse do mercado pode levar a um "declínio mais severo e prolongado na atividade" do que a atualmente antecipada.