| 07/04/2008 17h16min
O dólar manteve-se em baixa em relação ao real pela quinta sessão consecutiva, mas fechou na cotação máxima do dia na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), de R$ 1,703, em baixa de 0,38%.
No mercado interbancário, onde é negociado o dólar comercial, a máxima nesta segunda-feira foi de R$ 1,705 (-0,23%), e a moeda encerrou a R$ 1,704, em queda de 0,29%. Nessas cinco sessões de abril, o dólar comercial acumula baixa de 2,80%.
As cotações foram pressionadas para cima no finzinho dos negócios pela mudança de direção da Bovespa, que vinha em alta desde a manhã e passou a cair com um movimento de realização de lucros.
Antes disso, a trajetória de queda do dólar foi amparada nos ganhos das bolsas de valores na Europa, EUA e Brasil, na valorização dos produtos básicos (commodities) e num firme fluxo financeiro positivo.
Além disso, segundo operadores, há perspectiva de novos ingressos de recursos de curto prazo de investidores
estrangeiros tendo em vista um eventual aumento
da taxa Selic na próxima semana e de um possível novo corte de juros nos EUA no fim do mês.
As apostas no mercado doméstico vão de uma elevação para a Selic (que está em 11,25% ao ano) de 0,25 ponto percentual a 0,50 ponto percentual, enquanto nos EUA os economistas projetam uma redução de pelo menos 0,25 ponto percentual para a taxa básica (que está em 2,25% ao ano).
Selic
As dúvidas do mercado sobre uma alta da Selic diminuíram hoje, com a divulgação da pesquisa semanal Focus pelo Banco Central e declarações do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, na reunião do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em Miami (Estados Unidos), sobre a postura preventiva na política monetária.
A pesquisa Focus mostrou revisão em alta das projeções do mercado para a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) este ano, para 4,5%, atingindo pela primeira vez o centro da meta
estabelecida pelo governo.
A queda do dólar também
refletiu a confirmação de ingressos financeiros de três empresas, estimados em cerca de US$ 1,1 bilhão. Com esse fluxo positivo, o giro total à vista cresceu 88%, para cerca de US$ 3,002 bilhões.
O avanço dos preços de algumas commodities, como o petróleo e o ouro, induziu ainda a permanência em baixa da moeda. Alguns metais subiram diante das avaliações de que, apesar do aumento de estoques no curto prazo, continuam em patamar inferior ao do início do ano.
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