| 09/04/2008 18h40min
O dólar recuou ante o real pela sétima sessão consecutiva, com fluxo cambial positivo (entradas de recursos no país superando as saídas). No fechamento, o dólar comercial cedia 0,30%, para R$ 1,689. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar negociado à vista também encerrou o dia a R$ 1,689, em queda de 0,24%. O giro total à vista cresceu 60%, para cerca de US$ 2,960 bilhões.
Além de um ingresso pelo segmento comercial de cerca de US$ 500 milhões de uma grande mineradora, que poderia se destinar ao pagamento de dividendos aos acionistas dessa empresa, segundo um operador, houve outras entradas financeiras menores de investidores estrangeiros interessados em fazer arbitragem no mercado local diante da expectativa de um aumento do diferencial de juros interno e externo no curto prazo.
Com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em março de 0,48%, acima do teto das previsões dos analistas (0,40%), a curva de juros do mercado futuro doméstico passou
a precificar a
possibilidade de um aumento de 0,50 ponto percentual na taxa Selic (que está em 11,25% ao ano), na reunião do Comitê de Política Monetária, na próxima terça e quarta-feira. Entre os economistas, no entanto, a aposta majoritária continua sendo de uma elevação de 0,25 ponto percentual.
Considerando que nos Estados Unidos também cresceu ligeiramente — de 40% para 44% hoje — as apostas num corte de 0,50 ponto na taxa básica de juros do país (atualmente em 2,25% ao ano) na reunião do BC americano dos próximos dias 29 e 30, por causa das preocupações com resultados corporativos desapontadores no primeiro trimestre, a previsão dos operadores do mercado cambial é de que o diferencial de juros interno e externo tende se tornar ainda mais atrativo no curto prazo, assegurando a continuidade do fluxo cambial positivo.
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