A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, demonstrou nesta quinta-feira sua esperança em que os países vizinhos da Colômbia cumpram seus compromissos de impedir que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) usem seus territórios "para continuar matando inocentes". Ela insistiu em qualificar a guerrilha como "terrorista" e garantiu que "a lei e a ordem" foram restabelecidas no território colombiano por um "presidente democrático", em alusão a Álvaro Uribe — e cutucando o venezuelano Hugo Chávez.

Em seu encontro com o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, a secretária também abordou a situação do Oriente Médio e estimou o interesse do Brasil em colaborar com a paz nessa região. A chefe da diplomacia americana acrescentou que o país pode assumir diferentes responsabilidades no âmbito internacional e disse que já demonstrou esse potencial no Haiti, onde comanda uma força internacional da Organização das Nações Unidas (ONU).

— Atribuímos um grande valor à atuação do Brasil tanto em períodos de crise como em períodos de calma — afirmou Condoleezza, que chegou a Brasília protegida por um forte esquema de segurança e cuja presença foi motivo de protestos da União Nacional dos Estudantes (UNE).

Em sua visita oficial ao Brasil, a americana assinou com Amorim um acordo sobre o combate à discriminação racial. Após almoçar com o ministro, ela irá para Salvador, onde conhecerá alguns programas sociais voltados a melhorar a vida das comunidades negras. Amanhã, ela termina sua breve viagem pela América do Sul com uma visita ao Chile.