| 13/03/2008 14h31min
A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, sugeriu nesta quinta-feira, em Brasília, que os países da América do Sul analisem um instrumento conjunto de segurança de fronteiras, informa o site G1. Ela apoiou a iniciativa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de criar um conselho de defesa regional.
— Conforme uma resolução da ONU (Organização das Nações Unidas), há obrigações que os países devem fazer para ter certeza que está sendo feito tudo para prevenir terroristas de atuar em seu território — disse em entrevista coletiva. — Fronteiras são importantes, mas não podem ser um meio para fornecer abrigo aos terroristas que agem para matar civis inocentes. Talvez essa seja a hora da região rever a segurança nas regiões fronteiriças. Os Estados Unidos serão parceiros dessa iniciativa — acrescentou.
Apesar da defesa de um controle mais firme da região fronteiriça, a secretária descartou a hipótese da atuação de guerrilheiros das
Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia
(Farc) dentro do território brasileiro. Condoleezza voltou a defender a posição colombiana na atuação para reprimir rebeldes da guerrilha em território equatoriano. A invasão militar gerou uma crise entre os dois países, com ameaças de revide bélico, inclusive da Venezuela. Ela afirmou ser bem-vinda qualquer sugestão que incremente a cooperação regional e disse que EUA, México e Canadá têm um instrumento parecido de consulta de segurança regional, como o proposto por Lula:
— Somos favoráveis a qualquer tipo de cooperação regional que se possa haver. É sempre bom melhorar os instrumentos para dar mais habilidade de enfrentar crises. Não vemos problemas com a proposta e confiamos na liderança do Brasil.
Para o Departamento de Estado dos EUA, chefiado por Condoleezza, a atuação brasileira deve ser cada vez mais percebida no âmbito internacional e não somente na América do Sul. A secretária, no entanto, limitou-se a reafirmar a posição americana sobre ser favorável à
reforma do Conselho de
Segurança das Nações Unidas, mas esquivou-se de defender uma cadeira permanente ao Brasil.
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