A União Nacional dos Estudantes (UNE) está em frente ao Palácio do Itamaraty, em Brasília, protestando contra a presença da secretária de Estado americana, Condoleezza Rice. Os jovens estenderam faixas criticando o dinheiro investido pelos Estados Unidos nas guerras do Iraque e do Afeganistão. "Nenhum centavo para a paz. Fora Condoleezza Rice do Brasil", diz uma delas. Os manifestantes ainda fazem gritos de protesto, nos quais chamam o presidente americano, George W. Bush, de "terrorista".

Os estudantes pretendem ainda jogar tinha vermelha no caminho da secretária entre o Itamaraty e o Palácio do Planalto. Segundo a presidente da UNE, Lúcia Stumpf, a tinta representaria "o sangue derramado pelos Estados Unidos nas guerras pelo mundo". A dirigente afirma que o objetivo da entidade é que Condoleezza "perceba que os estudantes brasileiros estão unidos contra a política externa americana" e que "leve o recado ao presidente Bush".

A americana chegou à base militar de Brasília às 8h , sob forte esquema de segurança. Ela se reuniu com o pessoal da embaixada dos EUA e depois com o chanceler Celso Amorim, no Itamaraty. Os dois assinaram um acordo para o combate à discriminação racial.

Agenda

Agora, a secretária vai ao Palácio do Planalto, onde será recebida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para uma audiência. Em seguida, Condoleezza concederá uma entrevista coletiva e terá um almoço de trabalho com Amorim. Na agenda bilateral, os destaques são os assuntos relacionados com os biocombustíveis e, em particular, com a produção de etanol. No plano internacional, a agenda abrangerá desde o conflito diplomático entre Colômbia, Equador e Venezuela, até a situação no Oriente Médio, na qual o Brasil tenta exercer um papel mais ativo na busca de alternativas que permitam pacificar essa região.

Após o almoço, ela seguirá rumo a Salvador, onde visitará alguns programas sociais. Amanhã, a secretária segue para o Chile, segunda e última escala de sua breve viagem pela América do Sul.