| 22/02/2008 16h54min
O senador pelo Arizona John McCain, pré-candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, afirmou nesta sexta-feira esperar que o presidente cubano, Fidel Castro, "se reúna em breve com Karl Marx". Durante um comício eleitoral em Indianápolis, McCain falou sobre o líder cubano, que na terça-feira anunciou sua renúncia.
— Espero que tenha a oportunidade de se reunir muito em breve com Karl Marx (que morreu em 1883) — declarou o republicano.
Nas últimas semanas, McCain foi alvo de críticas de Fidel, que nas reflexões publicadas na imprensa oficial de Cuba se referiu ao pré-candidato como um "instrumento da máfia" por se reunir com cubanos em Miami. McCain também foi criticado por Fidel por afirmar ter sido torturado por cubanos no Vietnã, onde foi prisioneiro de guerra durante cinco anos e meio.
Após a renúncia de Fidel, de 81 anos, a Assembléia Nacional cubana elegerá no domingo o novo Conselho de Estado, cujo presidente pode ser Raúl Castro. O irmão caçula de Fidel exerce o poder de maneira provisória desde meados de 2006, quando o líder cubano teve de se submeter a uma operação intestinal de emergência.
Para McCain, que é virtualmente o candidato republicano à presidência dos EUA, "em muitos aspectos Raúl é pior que Fidel". O senador defende uma política em relação a Cuba muito similar à do atual ocupante da Casa Branca, George W. Bush, com a manutenção das sanções e do embargo econômico até que ocorra uma verdadeira transição rumo à democracia na ilha.
Os pré-candidatos democratas, Barack Obama e Hillary Clinton, discordaram ontem à noite, em um debate no Texas, sobre sua disposição de se reunir
com Raúl Castro. Hillary afirmou que não se reunirá com
Raúl se não houver reformas democráticas em Cuba, mas Obama se mostrou partidário de um encontro sem condições prévias.
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