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 | 21/02/2008 11h57min

John McCain nega relacionamento amoroso com lobista

Senador republicano deu entrevista coletiva ao lado da mulher

Atualizado às 17h22min

O senador pelo Arizona e um dos pré-candidatos republicanos à Presidência dos Estados Unidos, John McCain, negou nesta quinta-feira que tenha tido uma relação inadequada com uma representante de lobistas, como publicado pelo jornal The New York Times.

Em entrevista coletiva convocada exclusivamente para negar as informações do jornal e acompanhado por sua esposa, Cindy McCain, ele assegurou se sentir "muito desiludido" com o artigo do jornal.

Em sua edição digital, The New York Times revelou ontem que há oito anos, quando John McCain aspirou pela primeira vez à candidatura presidencial de EUA, uma mulher rondou seus escritórios e os assessores do senador temeram que existisse uma relação romântica entre ambos.

A mulher, identificada como Vicki Iseman, de 40 anos, era uma gerente de grupos de interesses (lobbies) que aparecia nas reuniões de arrecadação de fundos, visitava seus escritórios e o acompanhava em um avião de propriedade de um de seus clientes, segundo o jornal.



Diante do temor de que a relação tivesse adquirido características românticas, os assessores do congressista de 71 anos intervieram "para protegê-lo de si mesmo", segundo o artigo do jornal. Na entrevista coletiva de hoje, McCain qualificou Iseman como uma simples "amiga" e anunciou que não permitirá que este tema interfira em sua campanha eleitoral.

— Vou me centrar nesta campanha nos grandes temas e nos desafios enfrentados pelo país — explicou McCain, cuja esposa disse estar ao lado de seu marido neste momento.

Cindy McCain expressou seu apoio incondicional a seu marido, o qual qualificou de "homem de grande caráter". A empresa da representante de lobistas emitiu um comunicado no qual afirma que os dados que a nota publica procedem das "fantasias de um empregado descontente".

Afirmar que a relação entre o senador e a representante de lobistas é inadequada não é mais que "calúnias maliciosas". Os laços de amizade entre McCain e Iseman, prossegue o comunicado, são "totalmente adequados" e irretocáveis.

Iseman aparecia nos atos de arrecadação de fundos a favor de McCain, visitava seus escritórios e inclusive o acompanhava em seus deslocamentos em um avião de propriedade de um dos clientes de sua firma, segundo o New York Times.

Em uma nota paralela, o The Washington Post mencionou hoje que o ex-assessor de McCain John Weaver havia se reunido com Iseman. No encontro, ele teria pedido que a representante de lobistas se afastasse do político republicano.

O senador disse desconhecer que esta reunião tenha acontecido. O assunto ameaça afetar sua trajetória rumo à nomeação oficial como candidato republicano à Presidência, além de fornecer munição aos democratas na segunda fase da campanha.

De modo mais preocupante, a insinuação de um hipotético romance extraconjugal lhe coloca em uma posição ainda mais complicada com os eleitores evangélicos, aos quais teve muitas dificuldades para atrair ao longo das primárias realizadas até agora.



EFE
 

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