| 13/03/2007 14h57min
Os líderes da oposição confirmaram, em reunião com o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), nesta terça-feira, que obstruirão as votações do plenário até a instalação da CPI do Apagão. Chinaglia e os líderes da base aliada tentavam negociar um acordo que permitisse pelo menos a votação de propostas que não são do Executivo, como os projetos de interesse da bancada feminina e a Proposta de Emenda à Constituição do Voto Aberto (PEC 349/01).
Apesar da obstrução, Chinaglia afirmou que a pauta será mantida. Os primeiros itens são 12 medidas provisórias. Como o prazo de tramitação dessas MPs não está vencido, pode haver uma inversão de pauta, caso em que a PEC do Voto Aberto seria votada primeiro.
O líder do PFL, deputado Onyx Lorenzoni (RS), afirmou que o partido é favorável à PEC do Voto Aberto, mas ressalta o direito da oposição obstruir as votações para impedir que a vontade da maioria prevaleça sempre. O líder do PSDB, Antonio Carlos Pannunzio (SP), lembrou que o pedido de criação de CPIs é um direito da minoria e esse direito não pode ser negado.
O vice-líder do governo Beto Albuquerque (PSB-RS) criticou a decisão da oposição, afirmando que a intenção dos partidos é transformar a CPI em um palanque político. Ele afirma que, em razão disso, a base aliada quer impedir a instalação da comissão.
– Esse povo não quer saber de atraso de avião, quer saber é de atrasar o Brasil. Nós vamos enfrentá-los em plenário – afirmou Albuquerque.
Ele argumentou que o pedido de criação da CPI é genérico, e o natural seria os partidos de oposição aguardarem as decisões do Supremo Tribunal Federal e da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) antes de obstruir as votações. A instalação da CPI foi adiada após manobra do governo. A base aliada alega que não há fato determinada que comprove a necessidade de uma comissão parlamentar de inquérito.
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