| 08/03/2007 18h42min
Numa rápida reunião com os líderes do governo empossados nesta quinta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu que os aliados evitem brigas na discussão da CPI do Apagão Aéreo, mas que não deixem de responder à altura se provocados. Para o governo, ao propor a CPI, a oposição não quer resolver o problema aéreo, mas criar mais um palanque de enfrentamento político. Segundo o deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), vice-líder do governo, os aliados não vão assistir de braços cruzados à oposição instalar a CPI.
– Não vamos mais levar desaforo para casa – disse Albuquerque.
Para o deputado, a CPI não tem fato concreto e objetivo para ser investigado. O diagnóstico do caos aéreo, segundo ele, já foi feito pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e o governo já está adotando medidas para corrigir o problema.
Antes da cerimônia de posse dos novos líderes, no Palácio do Planalto, o líder do PT na Câmara, Luiz Sérgio (RJ), disse que a discussão sobre uma nova CPI não interessa ao governo.
– A CPI não interessa ao PT nem à sociedade, que entende que o processo eleitoral terminou em novembro – afirmou o petista.
Para ele, a CPI não é remédio para tudo.
– Ao PT não interessa que a CPI se transforme em palanque. Nem ao governo.
Para Luiz Sérgio, o governo não pretende que seja retomada a agenda da oposição "que foi derrotada nas urnas".
– A busca pela CPI tem como objetivo buscar mudar a pauta política do Congresso, que está interessado em discutir o PAC – avaliou.
O novo líder do governo na Câmara, José Múcio (PTB-PE), afirmou que o governo não é contra a CPI, mas, para ele, a oposição quer transformá-la em um palanque.
– A agenda é a do crescimento. Queremos que o debate seja respeitoso.
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