| 05/08/2002 23h45min
O Ministério Público Estadual determinou nesta segunda-feira, 5 de agosto, a reabertura das investigações sobre o assassinato do prefeito de Santo André Celso Daniel (PT), ocorrido no dia 20 de janeiro. A medida foi tomada com base no depoimento de João Francisco Daniel, irmão do prefeito, que sustentou a existência de um suposto esquema de extorsão na prefeitura de Santo André. De acordo com João Francisco, o crime teria sido "queima de arquivo".
O depoimento do irmão do prefeito foi prestado há mais de dois meses. O promotor Alexandre Ciscato Ferreira, de Itapecerica da Serra, responsável pelo processo contra os autores confessos do crime, definido como um seqüestro comum, enviou ofício ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) para "cabal elucidação dos fatos e/ou de outros partícipes". Até o depoimento prestado pelo estelionatário e seqüestrador Dionísio de Aquino Severo, resgatado de uma penitenciária em Guarulhos de helicóptero, em janeiro, será apurado.
Assassinado na cadeia por um rival do Primeiro Comando da Capital (PCC), Severo afirmou "que achava que conhecia" o empresário Sérgio Gomes da Silva, um dos suspeitos de envolvimento no esquema de propina. Silva era amigo do prefeito e estava com ele na noite do seqüestro. O delegado responsável pela investigação é Romeu Tuma Júnior, afastado da polícia para concorrer a cadeira de deputado estadual pelo PPS. A decisão de reabrir o caso foi tomada pelo promotor de Itapecerica um mês após o depoimento prestado por João Francisco.
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