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O ex-secretário de Serviços Municipais de Santo André Klinger de Oliveira Sousa negou nesta quinta-feira, 11 de julho, em depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Municipal de Santo André, que investiga o suposto esquema de arrecadação de propinas para campanha do PT, que tenha recebido ou "que tenha conhecimento de qualquer esquema dentro da prefeitura do município". Klinger atribui as denúncias "a interesses políticos eleitorais e econômicos", e diz que está sendo vítima, assim como ex-prefeito Celso Daniel, seqüestrado e assassinado em janeiro, de "difamação e calúnia".
O ex-secretário petista relatou que João Francisco Daniel, irmão do prefeito e autor das primeiras denúncias de propina, intercedeu pelo menos duas vezes em nome da empresa Guarará, da família Gabrilli – que denunciou que pagava R$ 40 mil de propina por mês junto ao prefeito.
– Na segunda ocasião, João Francisco chegou a levar um item de reivindicações a pedido da Guarará. O prefeito me pediu que avaliasse aquelas reivindicações e as atendesse no justo limite da lei – disse.
De acordo com Klinger, a empresa Guarará atravessa sérias dificuldades para cumprir contrato estabelecido com a prefeitura entre eles a construção de uma ponte e a renovação da frota de ônibus da empresa.
– Por três vezes consecutivas aditamos prazos adicionais para o cumprimento do contrato. No início desse ano eles pleitearam um novo aditamento, vimos que a empresa mostrava indícios muito claros de não ter condições econômicas de cumprir o contrato – disse Klinger.
O ex-secretário afirmou que a partir disso foi estabelecido uma comissão para auditar a empresa. Ele negou que tivesse havido qualquer medida de retaliação, como afirmaram os empresários.
Klinger de Oliveira Sousa negou as denúncias feitas pelo empresário João Antonio Setti Braga, que afirmou em depoimento à comissão, o pagamento de R$ 100 mil mensais de propina. Segundo ele, o sistema de transporte do município introduziu uma inovação nacional nos processos de concessão de linhas de ônibus. Desde 1997 as empresas pagam para obter as concessões de exploração das linhas. De acordo com o ex-secretário, as recentes denúncias de propina deixaram-no "extremamente" surpreso. Klinger negou também as acusações de pressões sobre as companhias de ônibus.
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