| 04/08/2006 23h40min
Alina Fernández Revuelta, filha do presidente de Cuba, Fidel Castro, disse hoje em Miami que sente pesar por qualquer dor que possa estar sendo sentida por seu pai, mas que se identifica mais com a agonia do povo cubano. Quanto ao estado de saúde de Fidel depois de ter sido submetido a cirurgia devido a uma hemorragia intestinal, informou que fontes lhe disseram que hoje ele se levantou e caminhou.
– Isso é o que me disseram, mas também podem ter mentido para mim. Estamos convivendo com incertezas – afirmou a filha de Castro à emissora de rádio americana WQBA 1140, de Miami.
Quatro dias depois do anúncio de que seu pai cedia temporariamente o poder na ilha caribenha a seu tio Raúl, Alina, que é uma das maiores críticas ao governo cubano, decidiu quebrar o silêncio concedendo uma entrevista a respeito Ao ser questionada se sentia ódio ou frustração em relação a seu pai, Alina reiterou que o sentimento é de pesar.
– É meu pai. Eu sempre me senti mais como uma cubana que se viu obrigada a viver no exílio – disse.
Exilada desde 1993, Alina, que já viveu na Espanha e em outras duas cidades dos Estados Unidos, reside em Miami, "ponto de encontro" dos cubanos que deixaram a ilha desde o início da revolução por não concordarem com o regime implantado pelo próprio Fidel. Nesta cidade, conseguiu ganhar o respeito e o reconhecimento de seus compatriotas. Alina escapou de Cuba em dezembro de 1993, disfarçada com uma peruca e fingindo ser uma turista espanhola. Conseguiu burlar os serviços de segurança e subiu em um avião com destino a Madri.
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