O secretário-geral da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), Ahmed Saadat, preso em Israel, afirmou neste domingo, dia 2, que "o povo palestino tem 10 mil prisioneiros em Israel, em vez de apenas um" em referência ao soldado israelense seqüestrado por milicianos em Gaza.

Saadat fez estas afirmações perante um tribunal israelense que o julga por seu suposto envolvimento no assassinato do então ministro de Turismo do país em outubro de 2001.

– Não acho que serei trocado pelo soldado israelense, mas o mais importante é que 10 mil presos palestinos estão em prisões da ocupação israelense, e não apenas um – afirmou Saadat.

A audiência prevista para hoje foi adiada. O líder da FPLP foi capturado por tropas israelenses há alguns meses, quando estava detido na prisão da cidade cisjordaniana de Jericó, sob supervisão internacional.

O grupo islâmico Hamas exige a libertação de cerca de mil presos, entre eles 200 mulheres e menores de 18 anos, em troca da libertação de Gilad Shalit, o soldado israelense que foi seqüestrado há uma semana em uma operação conjunta lançada por milicianos do grupo, dos Comitês Populares da Resistência e de outra milícia denominada "Exército Islâmico".

Diferentes fontes oficiais palestinas estimam em entre 8 mil e 9,5 mil o número de presos palestinos detidos em prisões e centros de detenção israelenses.

AGÊNCIA EFE