| 29/06/2006 08h01min
As Forças de Segurança de Israel detiveram na madrugada de hoje 87 membros do Hamas, entre elas 10 ministros do Governo da Autoridade Nacional Palestina (ANP) e 20 deputados, além de 23 ativistas da Jihad Islâmica na Cisjordânia, segundo fontes palestinas e israelenses.
As detenções aconteceram nas cidades de Ramala, Hebron, Jenin, Kalkilia e Jerusalém Oriental. O ministro do Interior de Israel, Ronie Bar-On, disse hoje que os membros do Hamas detidos serão investigados. Caso haja suspeitas de vinculação com atividades terroristas, serão julgados.
O Ministério de Relações Exteriores de Israel divulgou hoje uma nota oficial para explicar que as detenções de líderes do Hamas, nesta madrugada, na Cisjordânia ocupada, se deve a suspeitas de que os detidos estão envolvidos em atividades ilegais.
O comunicado acusa o governo do primeiro-ministro Ismail Haniyeh, do Movimento Islâmico Hamas, de implantar "uma política de governo terrorista".
– A mão de Israel vai chegar a Ismail Haniyeh – declarou Bar-On à rádio pública israelense, referindo-se ao primeiro-ministro da ANP.
Entre os detidos estão os prefeitos das cidades de Jenin e Kalkilia.
O vice-primeiro-ministro Nasser al-Sha'er, e o presidente do Conselho Legislativo, Aziz Dueik, não estão entre os detidos, segundo fontes palestinas. A mulher do vice-primeiro-ministro contou que soldados israelenses invadiram a sua casa nesta madrugada, mas não encontraram seu marido e foram embora.
Fontes militares informaram que os detidos estão sendo interrogados e, havendo provas, serão levados a tribunais, e que não se trata de seqüestro de pessoas.
Bar-On negou que os políticos tenham sido detidos como reféns para conseguir a libertação do soldado Gilad Shalit, seqüestrado no domingo por milicianos do Hamas e de outras facções.
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