A votação da proposta de emenda à Constituição (PEC) que prevê a redução do recesso parlamentar de 90 para 45 dias foi adiada para esta quarta-feira. Na sessão desta terça, a Câmara dos Deputados extinguiu os pagamentos extras em caso de convocação extraordinária.

O parecer do deputado Inocêncio Oliveira (PL-PE), a favor do fim da remuneração, foi aprovado em votação simbólica. A medida será válida somente a partir de 2007, mas deve ainda ser aprovada pelo Senado – onde já há uma acordo para aprovação da matéria.

Embora o quórum fosse de 493 deputados, o apelo de vários líderes acabou convencendo o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP) a adiar a votação sobre o corte do recesso pela metade. Vários líderes manifestaram preocupação quanto às datas acordadas na reunião desta terça. Pelo acordo, o recesso parlamentar cai de 90 dias para 45 dias. Há quem defenda a redução para 60 dias. Uma nova reunião foi marcada para as 10h desta quarta. Rebelo quer votar ainda amanhã a emenda constitucional.

O líder do PFL, Rodrigo Maia (RJ) criticou o fato de o recesso de final de ano só começar no dia 30 de dezembro. Segundo ele, o desgaste na imagem continuará, já que obrigará os parlamentares a trabalhares num período de festas do final do ano. O deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) apresentou uma questão de ordem pedindo que os deputados continuem discutindo até que se encontre uma solução de maior consenso.