Decidir de cabeça quente ou sob pressão quais os rumos a tomar em sua carreira é um erro: o correto é se antecipar para evitar estes momentos ou estar preparado para quando eles chegarem. Mais acertado ainda é conhecer a si mesmo antes de decidir-se por uma profissão. Uma consultoria de carreira pode orientar as pessoas na busca pela melhor opção profissional ou mesmo ajudar a encontrar um novo ramo de atuação. Veja a seguir como funciona este tipo de serviço e as dicas de um especialista em coaching, o processo pelo qual se aprimora competências para atingir metas na carreira.

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“Uma carreira deve ser planejada desde o seu início, quando o profissional define sua área de atuação”, explica Marcos Garcia, diretor de Marketing e Planejamento da SerHumano Consultoria, de Porto Alegre. Mas nem sempre agimos assim, e o mais comum é escolhermos uma profissão com bases pouco objetivas e em uma idade em que ainda carecemos de maturidade.



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“Costumeiramente, profissionais escolhem os cursos de forma aleatória, não pensando muito a longo prazo”, observa o consultor. Ou seja, a pessoa não leva em conta se o curso escolhido realmente vai trazer benefícios a sua vida profissional no longo prazo. “Uma escolha errada na formação acarreta prejuízos financeiros e também para a carreira, devido ao desperdício de tempo e esforço.” E então, após uma demissão ou em uma crise profissional, concluímos que é hora de mudar algumas coisas. O que fazer quando nos damos conta de que necessitamos rever nossa carreira?

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Nunca é tarde e as perspectivas são boas, segundo Garcia: o trabalho de planejamento ou replanejamento pode ser feito a qualquer momento, sempre que houver necessidade. Um dos melhores exemplos de benefício de um assessoramento adequado de carreira é a escolha da formação acadêmica dos profissionais, seja ela uma graduação ou pós-graduação.

Orientação de carreira é feita em etapas
O trabalho de aconselhamento, ou counseling, começa pela identificação ou definição dos objetivos profissionais do assessorado. A partir desta definição, é realizado o mapeamento do seu perfil comportamental com a utilização de ferramentas específicas.
“Após este mapeamento, feito com base nos objetivos de cada pessoa, serão trabalhadas aquelas competências que serão necessárias para que o profissional tenha sucesso naquela função e área de atuação escolhida”, detalha Garcia. Entre as competências trabalhadas estão: determinação e orientação para resultados; sentido de urgência; motivação; atenção aos detalhes; relacionamento interpessoal; liderança, entre outras.

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Um programa de orientação de carreira é desenvolvido em etapas:
1 - Primeiro, é realizado um mapeamento do momento atual do profissional, do seu perfil de comportamento e das suas competências.
2 - Após o mapeamento, será definido um objetivo em conjunto com o profissional: um horizonte a ser buscado ao longo de sua trajetória profissional, que seja adequado ao seu perfil e as suas competências.
3 - Por último, desenvolve-se a estratégia a ser adotada para atingir estes objetivos. Nela, serão trabalhados os comportamentos e as competências do profissional, bem como a sua capacitação para o melhor desempenho de suas atividades.

De acordo com Garcia, um programa de coaching também pode ser agregado a este processo, “como forma de desenvolvimento comportamental do profissional”.

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Autoconhecimento facilita escolhas
Para quem ainda está pensando sobre que rumo dar a sua carreira, seja com uma graduação ou primeiro emprego, o consultor avisa que é fundamental “que você saiba o que deseja para seu futuro, que conheça os seus pontos fortes, seus pontos fracos e suas principais características comportamentais, para que possa saber em qual área investir para sua capacitação”. O caminho a ser seguido para o sucesso profissional de longo prazo depende destas escolhas.



Se você se está atravessando uma fase difícil na carreira, não faça nada sem pensar. A dica que Garcia dá a quem está passando por uma crise profissional é, antes de qualquer atitude ou ação, fazer uma avaliação de carreira. “Para resolver um problema, é fundamental identificar adequadamente quais são as causas dele e o que realmente é necessário fazer para resolvê-lo e não repetir os mesmos erros no futuro”, afirma o executivo.

Outro item importante é avaliar o ambiente em que se trabalha, para identificar os pontos favoráveis e desfavoráveis e planejar a mudança em cima deste cenário. A motivação do profissional está interligada a diversos fatores do ambiente em que ele está inserido.

O nível de empregabilidade é outro fator que não deve ser deixado para trás. Garcia lembra que o potencial para estar empregado é ligado à experiência em uma determinada função e isso deve ser levado em conta antes de se fazer qualquer guinada profissional. “Mudar para uma outra profissão sem ter esse diferencial da experiência e do conhecimento pode prejudicar em muito a empregabilidade”, alerta.

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