| 28/03/2005 18h16min
Ao comentar nesta segunda, dia 28, o sucesso das investigações que levaram à prisão do último acusado da autoria do assassinato da missionária americana Dorothy Stang, o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, destacou o fato de o processo ter sido conduzido dentro do estado democrático de direito.
O ministro ressaltou que a Polícia Federal, junto com as polícias estaduais, cumpriu seu dever. A Polícia Federal "investigou, decifrou o crime", disse o ministro. Bastos assinalou que existem várias evidências contra o fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, preso no domingo, dia 27, no Pará.
– Agora, isso tudo vai ser processado pelo poder judiciário, federal ou estadual, dependendo do que for decidido na questão da federalização, e depois será julgado pela soberania do tribunal do júri.
Bastos lembrou que a polícia não julga pessoas, apenas recolhe elementos que comprovem a existência do crime e indícios suficientes de autoria. E isso foi feito com profissionalismo exemplar, destacou.
O ministro informou que o Ministério da Justiça está trabalhando dentro de um esquema em que não se tenta apenas uma solução cosmética, nem se aponta apenas um bode expiatório.
– No caso da irmã Dorothy, o trabalho integrado de segurança da Polícia Federal e da polícia estadual podia ter parado nos pistoleiros, como aconteceu, por exemplo, no caso Chico Mendes. Parou-se e se disse: está decifrado o crime. Aqui, não. Aqui, nós percorremos toda a cadeia causal. É um trabalho conjunto, e isso vai ser feito em todos os lugares, inclusive, naqueles onde se deva investigar sumiço ou parada de inquérito – disse o ministro.
A missionária americana dorothy Stang, naturalizada brasileira, foi morta a tiros no dia 12 de fevereiro, no município de Anapu, no Pará.
As informações são da Agência Brasil.
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