| 21/01/2005 11h10min
O ministro do Interior da Venezuela, Jesse Chacón, admitiu nesta sexta, dia 21, a possibilidade de que guerrilheiros colombianos tenham cruzado a fronteira e que existam alguns acampamentos rebeldes em território venezuelano. Conforme Chacón, a situação é de responsabilidade da Colômbia, que não consegue controlar as Forças Revolucionárias Armadas Colombianas (Farc).
– Este não é um problema da Venezuela. Querem nos envolver em um problema que é da Colômbia e das Farc.
As autoridades colombianas afirmam que há pelo menos 10 acampamentos de guerrilheiros na Venezuela.
– Pode ser que sejam 10 ou 8, e há também acampamentos de paramilitares, mas quantos são do lado colombiano? 700, 800 ou 900. Nós temos problemas aqui com sete, mas eles tem com 70 mil – ressaltou Chacón.
A crise diplomática e o intercâmbio de acusações entre Venezuela e Colômbia se originou com a captura em dezembro do chamado "diplomata" das Farc, Rodrigo Granda. A Colômbia diz que o rebelde foi capturado na cidade de Cúcuta, na fronteira com a Venezuela, mas o governo venezuelano diz que ele foi seqüestrado em Caracas.
Chacón disse desconhecer o paradeiro dos chefes guerrilheiros colombianos, mas ressaltou que "tampouco o governo colombiano o sabe".
– Nós pagamos pela ineficiência do governo colombiano. A Colômbia tem que buscar seus mecanismos para revolver um problema interno de mais de 50 anos, que prejudica o cidadão venezuelano – disse o ministro.
A fronteira entre os dois países tem 2.219 quilômetros de extensão, e é povoada por bandidos, narcotraficantes, paramilitares e guerrilheiros que se aproveitam do abandono da região para operar.
As informações são da AP.
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