| 11/10/2005 09h37min
O surgimento de um foco de febre aftosa no sul do Mato Grosso do Sul exige respostas rápidas para sanar quaisquer dúvidas por parte dos mercados importadores. A afirmação é do presidente da Comissão de Agricultura da Câmara Federal, deputado Ronaldo Caiado (PFL-GO).
– O que é grave é que o Brasil assinou um protocolo sanitário com a Rússia em que aceita que, localizado o foco, o Estado contaminado estará impedido de exportar carne e grãos por dois anos, e os Estados limítrofes por um ano – explica.
Conforme o secretário de Agricultura do Rio Grande do Sul, Odacir Klein, a Rússia já teria suspendido a compra dos Estados limítrofes.
As duas autoridades concederam entrevistas ao programa Gaúcha Atualidade. Ambos queixaram-se quanto ao repasse de recursos, pelo Governo Federal, para o controle sanitário.
– Os compradores têm que ter a tranqüilidade de que estamos agindo com competência e em caráter de urgência para restringir o foco naquele local – salientou o deputado gioano.
Caiado relatou as dificuldades que a pasta da Agricultura tem enfrentado por questões de orçamento, comprometendo a estrutura de controle sanitário. Além disso, um relatório da União Européia lançava dúvidas sobre a qualidade das vacinas utilizadas no Brasil.
No Rio Grande do Sul, medidas já foram adotadas, bem como no Paraná e Santa Catarina, para evitar contaminação pelo vírus, que até agora é identificado como sendo do Tipo O. A medida de fechamento das fronteiras impede entrada de gado em pé, carne e derivados de carne no RS. Conforme informou o secretário da Agricultura do Estado, hoje será feita uma reunião de técnicos dos três Estados para avaliar a situação. Outro encontro ocorrerá na sexta, este com os secretários e representantes do Ministério em Curitiba.
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