| 10/10/2005 19h24min
O presidente da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), Octávio Melo Alvarenga, afirmou que a determinação do Ministério da Agricultura de sacrificar quase 600 animais da fazenda Vezozzo, localizada no município de Eldorado, em Mato Grosso do Sul, foi "talvez apressada". A confirmação da presença de um foco de febre aftosa em aproximadamente 150 cabeças de gado daquela propriedade rural teria sido feita pelo Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro).
– Sacrificar talvez seja uma tolice – acrescentou.
Alvarenga afirmou que "a maneira pela qual a agropecuária, porque é vitoriosa, vem sendo bombardeada de todos os lados, faz com que eu, primeiro, desconfie da veracidade dessa ocorrência". Reiterou que "falar que vai sacrificar os 582 animais da fazenda é um pouco apressado".
O presidente da SNA afirmou que o Ministério da Agricultura está carente de fiscalização e que o próprio ministro Roberto Rodrigues vem batalhando para melhorar as condições de funcionamento do órgão. Conforme avaliou Alvarenga, sua primeira reação em relação às acusações contra o agronegócio brasileiro é de prudência.
Alvarenga disse que o mundo está "meio neurótico" e isso explica a violência que ocorre em todos os campos.
– E a violência, inclusive, pode ser nesse sentido, de tomar uma medida apressada para garantir o rebanho.
Ele recomendou que seja feito um novo exame antes de tomar uma atitude mais drástica.
– Eu duvido (que seja aftosa) – disse Alvarenga.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento confirmou nesta segunda, dia 10, a ocorrência de febre aftosa em parte do rebanho bovino da fazenda Vezozzo, no município de Eldorado, em Mato Grosso do Sul, e determinou o sacrifício de todo o rebanho da fazenda, no total de 582 cabeças, por medida de precaução.
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