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Em entrevista ao Programa Atualidade, o senador gaúcho Paulo Paim (PT) reiterou nesta quinta, dia 3, que votará contra o salário mínimo de R$ 260 e que aceitará o seu afastamento, caso seja essa a penalidade determinada pelo partido àqueles que forem contrários à proposta do governo.
– Questão fechada na executiva (do PT) e na bancada (do Senado), o caminho que apontam é da provável expulsão. O partido é que vai decidir qual a posição que ele deva tomar. Encaminhando um pedido de expulsão pela nossa posição, votando a favor de um salário mínimo maior, enfim nesse mundo social que eu atuo, eu de imediato aceito o meu afastamento – acrescentou, salientando que não pretende se defender em nenhuma instância do partido.
Paim acredita que o salário mínimo de R$ 260, aprovado na Câmara, será rejeitado no Senado. Depois de cerca de oito horas de sessão, a Câmara dos Deputados aprovou no início da noite desta quarta, dia 2, a medida provisória que reajustou o mínimo para R$ 260.
– Nós não tínhamos nenhuma dúvida de que o governo seria vitorioso na Câmara – disse.
Segundo ele, entretanto, no Senado, o quadro é muito mais complicado. Ele afirmou que a maioria das medidas provisórias que o governo aprova na Câmara é alterada no Senado.
Pelos cálculos de Paim, até o momento, dos 81 senadores, 53 votarão contra a proposta do governo. Ele criticou a liberação de emendas por parte do governo para a obtenção do apoio dos parlamentares. De acordo com ele, votarão contra os R$ 260 três integrantes do PT, seis senadores do PDT, dois do PSB, sete do PMDB e mais os votos do PFL.
– Com a máquina do governo entrando em campo, mas nem que haja uma quebra de 20%, nós teríamos ainda 42 votos – afirmou.
A respeito do acordo que resultou na correção da tabela do Imposto de Renda e concedeu um desconto de R$ 27,50 para quem ganha acima de R$ 2.015, o senador disse que só não há dinheiro para o salário mínimo.
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