| 02/06/2004 07h17min
A bancada do PT na Câmara decidiu no final da noite desta terça, dia 1º, por 36 votos contra 16 e uma abstenção, fechar questão em torno do salário mínimo proposto pelo governo de R$ 260. A medida provisória deverá ser votada em sessão extraordinária da Câmara já convocada pelo presidente da Casa, João Paulo Cunha (PT/SP).
O parlamentar disse, no entanto, que a votação da matéria dependerá das negociações que acontecerão com os partidos da base aliada e da oposição durante toda a manhã desta quarta. O ministro da Coordenação Política, Aldo Rebelo, passará toda a manhã reunido com líderes dos partidos da base aliada na Câmara para garantir os 257 votos necessários para aprovar a medida provisória.
O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, participou da reunião da bancada do PT na Câmara, mas não convenceu os petistas insatisfeitos de que a proposta do Planalto de reajuste de R$ 260 é o máximo possível no momento. Apesar da resistência continuar grande, Palocci
conseguiu diminuir o número de
dissidentes.
Na semana passada 21 deputados do PT haviam assinado um documento reivindicando maior índice de reajuste do salário mínimo. Durante o encontro, Palocci apresentou aos deputados medidas da política do governo para a redistribuição de renda como, por exemplo, o investimento de R$ 10,5 bilhões na lei orgânica de assistência social e no Bolsa Família.
– O governo tem feito uma opção: aumentar progressivamente os programas de distribuição de renda e dar o maior valor possível ao salário mínimo – disse o ministro a jornalistas após a reunião.
Ele descartou a possibilidade que vem sendo estudada no governo de conceder um novo reajuste no salário mínimo em novembro.
– Assim como não é viável um aumento maior nesse momento, em novembro não faz muita diferença – disse.
Com informações da Agência Brasil e da agência Reuters. .
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