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Os líderes da base aliada decidiram concentrar esforços para votar ainda nesta quarta, dia 6, todas as emendas aglutinativas e destaques à proposta da reforma da Previdência, inclusive os pontos mais polêmicos do texto.
A decisão foi tomada durante reunião da base com o ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, no Palácio do Planalto. Segundo o líder do PSB na Câmara, deputado Eduardo Campos (PE), os líderes se comprometeram a tentar concluir ainda nesta quarta a votação da reforma.
– Faltam os detalhes, que vamos acertar do ponto de vista regimental na Casa com o presidente (da Câmara) e os líderes da oposição, inclusive. Hoje entram todos os temas tratados: teto, inativos, regra de transição – garantiu o líder.
Segundo o deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), vice-líder do governo na Câmara, a disposição da base aliada é "entrar pela madrugada" para garantir a conclusão da votação.
Já o líder do PMDB na Câmara, deputado Eunício Oliveira (CE), disse que o plenário vai votar primeiro as emendas aglutinativas e, em seguida, analisar os destaques apresentados em separado. O motivo é que nesse tipo de votação, cabe aos opositores da reforma conseguirem os 308 votos para aprovar as emendas.
– É uma questão de estratégia nossa – disse Oliveira.
O texto básico da reforma da Previdência foi aprovado nesta madrugada pelo plenário da Câmara, mas ainda restam cinco emendas aglutinativas e 13 destaques a serem votados.
No início da tarde, alguns líderes governistas defendiam que era melhor esperar abaixar a poeira para só então votar destaques de temas polêmicos, como o aumento do subteto dos salários dos juízes estaduais e a retirada da taxação dos servidores inativos. Mas antes mesmo da reunião de líderes com Dirceu, outros parlamentares pediam um esforço de votação.
Entre os pontos que estão sendo negociados agora, segundo líderes que participaram do encontro com Dirceu, está o subteto de 90,25% do salário de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) para o Judiciário Estadual, acima dos 85,5% aprovados nesta madrugada. Outros pontos envolvem as regras de transição para a aposentadoria e a taxação de inativos – cujo teto de isenção poderia ser elevado para os servidores da União do patamar de R$ 1,2 mil aprovado no texto básico.
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