| 29/12/2007 14h46min
O governo paquistanês ofereceu neste sábado ao Partido Popular do Paquistão (PPP), da ex-primeira-ministra Benazir Bhutto, assassinada na quinta-feira, uma exumação do cadáver para fazer a autópsia. A proposta surgiu após serem levantadas dúvidas sobre a versão oficial da causa da morte da líder opositora.
O porta-voz do Ministério do Interior, Javed Iqbal Cheema, defendeu hoje, em entrevista coletiva, as conclusões da análise médica que determinou que a causa da morte foi um traumatismo craniano produzido por um forte golpe com a alavanca do teto solar do veículo de onde Benazir cumprimentava seus simpatizantes, no momento do atentado. Segundo essa versão, a líder bateu contra a alavanca após cair devido à explosão de um terrorista suicida ao lado do veículo.
Após uma fonte do PPP dizer que esta versão era uma "série de mentiras", e outras pessoas afirmarem que Benazir apresentava ferimentos de bala, Cheema disse que o PPP é "bem-vindo" a realizar uma
autópsia, que, segundo o porta-voz
afirmou ontem, não foi feito por expresso desejo da família. Ao mesmo tempo, ele destacou que "não convém" ao governo mais uma versão que outra, pois o verdadeiramente importante é descobrir quem matou Benazir.
Neste sentido, insistiu nas suspeitas de que o atentado tem o envolvimento do líder talibã Baitullah Mehsud, do cinturão tribal fronteiriço com o Afeganistão, que o governo vincula à Al-Qaeda e que neste sábado negou, através de um porta-voz, sua responsabilidade no atentado.
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