| 29/12/2007 05h41min
O Paquistão amanheceu hoje num clima de tensão, com lojas fechadas e serviços de trens suspensos no sul do país, aonde deve chegar em breve o líder oposicionista e ex-primeiro-ministro Nawaz Sharif, para prestar homenagem a Benazir Bhutto, assassinada na quinta-feira.
Segundo o canal de TV paquistanês Dawn, Sharif deve ir ao mausoléu da família Bhutto, onde a ex-primeira-ministra foi enterrada ontem.
Sharif, que lidera a Liga Muçulmana-N, transmitiu suas condolências ao viúvo de Bhutto, Asif Zardari, mas não assistiu ao funeral, alegando razões de segurança.
Na região de Sindh, 16 mil membros das forças de segurança foram destacados para controlar a situação. Os distúrbios que se seguiram ao atentado contra a dirigente oposicionista causaram a morte de 23 pessoas. Em Karachi, os guardas receberam ordens de atirar para matar. Um grupo de manifestantes exaltados incendiou hoje uma fábrica na região.
O Paquistão
chora ainda a morte de Benazir Bhutto, que foi assassinada em
Rawalpindi, após um comício. Segundo o Governo, o assassino de Bhutto errou seus tiros e a ex-primeira-ministra morreu porque bateu com a cabeça numa alavanca de seu carro, após perder o equilíbrio, quando o atacante detonou uma carga de explosivos que trazia junto ao corpo. A versão foi questionada pelo Partido Popular do Paquistão (PPP).
O presidente paquistanês, Pervez Musharraf, mandou investigar o atentado, atribuído pelo Governo ao líder talibã Baitullah Mehsud, supostamente ligado à rede Al-Qaeda.
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