| 28/12/2007 05h51min
O Partido Popular do Paquistão (PPP), que era liderado pela ex-primeira-ministra Benazir Bhutto, assassinada durante atentado, declarou 40 dias de luto no país enquanto continuam os protestos de seus militantes, disse nesta sexta-feira um porta-voz da legenda.
— Decretamos um prazo de 40 dias de luto para mostrar nossa dor pela morte de Benazir Bhutto. O partido não tomou ainda uma decisão sobre sua participação nas próximas eleições — disse o secretário-geral do PPP na região de Punjab, Ghulam Abbas.
Abbas defendeu uma investigação transparente para esclarecer o atentado, cometido nesta quinta-feira após um discurso da líder oposicionista na cidade de Rawalpindi. Ao saber de seu assassinato, grupos de simpatizantes do PPP promoveram manifestações em vários pontos do país. Pelo menos mais 14 pessoas morreram.
Segundo o canal de TV paquistanês Dawn, os distúrbios continuam nesta sexta-feira em vários
pontos do país, com bloqueios de
estradas. Multidões incendiaram duas agências bancárias e uma prisão da cidade de Thatta, no sul do país, deixando escapar os presos. Na cidade de Karachi, reduto do PPP, também no sul, as instituições financeiras permaneceram fechadas.
— Nossa gente está protestando nas ruas — confirmou Abbas, visivelmente afetado pela morte da líder — Ela era uma mulher de ferro, que tinha anunciado mil vezes que matariam. Foi um ataque contra o Paquistão — acrescentou.
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