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Bernardi admite desconforto com tucano

Alijamento da campanha presidencial e sintonia da vice com Rigotto são motivos de queixa do PPB gaúcho

A relação do PPB gaúcho com a coordenação nacional de campanha do candidato à Presidência José Serra (PSDB) dá sinais de turbulência. O candidato ao Piratini e presidente do PPB, Celso Bernardi, afirma não sentir a mesma reciprocidade em nível regional no apoio dispensado pelo partido à campanha do presidenciável tucano.

– Política sem reciprocidade não se faz. Até agora a assessoria de Serra não manteve nenhum contato conosco quanto à implementação da campanha no Rio Grande do Sul. Esperamos reciprocidade. Se não houver, não temos nenhuma razão para apoiar alguém que não esteja interessado em nosso apoio – disse Bernardi.

O candidato do PPB criticou também a viagem da vice de Serra, Rita Camata (PMDB), ao Rio Grande do Sul, no dia 11. Rita participou do encontro regional da coligação União pelo Rio Grande (PMDB-PSDB-PHS), de Germano Rigotto, em Caxias do Sul, cidade natal da vice de Bernardi, Denise Kempf. Segundo o pepebista, o partido sequer teria ficado sabendo da visita.

– A vinda de Rita Camata foi um apoio apenas ao PMDB. Fiquei surpreso com o fato de ela ter vindo aqui, e nós, parceiros de primeira hora, não termos sido sequer comunicados. Ainda mais estando na terra da nossa vice. Acho que como mulher e como vice, caberia um gesto por parte dela. Se vamos ser tratados assim, é evidente que o partido não vai gostar – afirmou o candidato do PPB.

O apoio do PPB gaúcho a Serra foi sacramentado durante a convenção estadual do partido, no dia 29 de junho. Bernardi ofereceu o palanque a Serra, desde que o tucano se comprometesse a apoiar projetos de um eventual governo pepebista e a resolver questões como a dívida do Estado e a crise do sistema de previdência dos servidores.

Na segunda-feira, a agenda de Serra no Estado dominou o encontro de Rigotto com a coordenação da campanha nacional, em Brasília. Este ano, Serra esteve em solo gaúcho cinco vezes. Em abril, chegou a afirmar que faria pelo menos uma visita mensal ao Estado. Sua última passagem ocorreu em junho e, segundo a assessoria, não há previsão de nova vinda.

Sobre a possibilidade de o presidenciável tucano subir ao palanque do adversário Bernardi, Rigotto preferiu ser diplomático.

– Não há problema. Haverá eventos que o PPB vai promover com Serra e outros que a União pelo Rio Grande fará. É só administrar – disse.

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