A segurança pública e as propostas para o Judiciário dominaram as duas horas e 10 minutos do debate promovido no final da tarde desta segunda-feira, 15 de julho, pela Associação dos Juízes dos Juízes do Rio Grande do Sul (Ajuris), na Capital.

Dos cinco primeiros colocados nas pesquisas de intenção de voto, apenas Antônio Britto, da coligação Rio Grande em 1º Lugar (PPS-PFL-PT do B-PSL), não compareceu ao encontro. Tarso Genro (PT), Germano Rigotto (PMDB), Celso Bernardi (PPB) e José Fortunati (PDT) apresentaram suas idéias e responderam três perguntas preparadas pela Ajuris. Os quatro foram questionados sobre suas idéias a respeito da universalização da Justiça e da implantação de política de segurança articulada com o Judiciário, de investimentos destinados ao poder e do cumprimento de decisões judiciais. O debate teve início às 17h45min. O auditório, com capacidade para 200 pessoas sentadas, ficou lotado. Um telão foi instalado no saguão do prédio para o público excedente.

Segundo o presidente da Ajuris, José Aquino Flôres de Camargo, Britto não teria concordado com os critérios do encontro, estabelecidos pelas assessorias das candidaturas. Camargo disse que a promoção não tratava de um "debate":

– A idéia é propiciar uma exposição pública das propostas.

O presidente da entidade explicou que o debate começou a ser organizado quando somente seis nomes haviam sido indicados para concorrer ao Palácio Piratini. Além de Britto e dos quatros presentes, Vicente Bogo (PSDB) também foi chamado, mas o tucano desistiu da disputa no mês passado.

Em carta enviada a Camargo, o coordenador de campanha de Britto, deputado federal Nelson Proença (PPS), afirmou que uma das condições para a participação do ex-governador seria a extensão do convite a todos os postulantes ao cargo. Proença também informou que a coordenação de campanha se sente "impedida" de comparecer a debates promovidos por entidades de representação por não haver siso definido critérios comuns para todos os eventos, consensuais entre os partidos. A ausência de Britto foi criticada por Fortunati e por Rigotto.

– Desde os primeiros momentos, alguns candidatos não querem participar, confrontar propostas, ver quem está por trás de quem. Me desculpem, mas eu tinha que fazer esse desabafo – disse Rigotto nos minutos iniciais de sua intervenção.

O diretor de comunicação social da Ajuris, Túlio de Oliveira Martins, foi o mediador.

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