| 16/05/2006 14h15min
Um dia após ter a confirmação de que disputará a sua segunda Copa do Mundo, o goleiro Rogério Ceni disse que se orgulha de representar o São Paulo numa seleção brasileira formada por 21 jogadores que atuam no futebol europeu e apenas dois que defendem atualmente clubes brasileiros. Por isso, o arqueiro acredita que o Tricolor e o Corinthians, onde atua o meia Ricardinho, podem ser considerados privilegiados por ter representantes na Alemanha.
– É importante para um clube como o São Paulo ter um representante na Copa do Mundo, ainda mais num quando mais de 90% dos convocados jogam fora do Brasil. Isso prova que jogo num clube estruturado, que me projetou e deu a oportunidade de disputar maiôs um mundial – afirmou o capitão são-paulino, que embarca para a Suíça, local de preparação da seleção brasileira, no próximo domingo. Um dia antes, faz a sua despedida momentânea contra o São Caetano, pelo Campeonato Brasileiro.
E, se depender da vontade do goleiro são-paulino, ele voltará a desfalcar o São Paulo nos quatro anos seguintes para servir a seleção. Apesar de reafirmar que a seleção brasileira não é uma obsessão, mas sim um objetivo de carreira, Rogério falou que espera disputar uma terceira Copa do Mundo em 2010, quando terá 36 anos.
– O Zagallo tem 70 e poucos anos e pensa em ir para mais um torneio, porque eu não posso pensar? O Cafu na última Copa também já era considerado velho e está aí de novo – brincou.
Na avaliação do são-paulino, o mesmo argumento vale para o palmeirense Marcos, que tem a mesma idade e ficou de fora da convocação do técnico Carlos Alberto Parreira por causa de uma contusão que o afastou dos gramados por quase três meses. Rogério mostrou solidariedade ao companheiro e evitou falar que ganhou uma concorrência.
– O meu país é o mesmo dele. Não posso ser seu concorrente. Gostaria de ter ele ao meu lado na Copa, mas sei que é um grande profissional, uma pessoa alegre, trabalhadora e tem tudo para voltar á seleção e jogar em 2010 – completou.
Se por um lado a ausência de Marcos é lamentada, o são-paulino vislumbra uma chance maior de disputar uma partida na Alemanha do que em 2002, quando foi o terceiro goleiro. Porém, o camisa 12 da seleção brasileira evitou qualquer atrito com o titular Dida e disse que torcerá po ele.
– O Dida vive um grande momento, falhou algumas vezes como eu e o Marcos e merece ser o titular. Eu estou preparado para jogar, mas vou apenas apara fazer o meu trabalho. Jamais vou ficar esperando que alguma coisa aconteça com ele – disse.
Caso ganhe a vaga de titular ou tenha de entrar numa emergência, Rogério Ceni disse que não está preocupado em bater faltas e entrar para a história como o primeiro goleiro a marcar um gol na Copa do Mundo.
– Na seleção existem ótimos cobradores de falta e pênalti, como o Juninho Pernambucano, o Ronaldinho Gaúcho e o Roberto Carlos. Se precisarem que eu bata, estou pronto, mas não estou pensando nisso – garantiu.
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