Sem comunicação por telefone, a professora gaúcha Normélia Parise, 45 anos, usou o e-mail para tranquilizar os amigos no Rio Grande do Sul. Desde outubro de 2008 no Haiti, ela estava na casa da Embaixada Brasileira onde reside, em Porto Príncipe,
quando começou o terremoto.

Na mensagem enviada às 23h37min de terça-feira para os colegas do Instituto de Artes e Letras da Universidade Federal do Rio Grande (Furg), onde a professora leciona há 15 anos, ela fez questão de dizer que não corria perigo.

- Se vocês virem nas notícias sobre o terremoto no Haiti,  eu estou bem. O país está triste, uma catástrofe. Estávamos aqui no centro que não sofreu grandes danos. Meu quarto teve rachaduras, mas a construção é sólida. Vou dormir na casa de um colega da Embaixada - diz o e-mail.

Natural de Porto Alegre, Normélia é radicada em Rio Grande, no sul do Estado. Solteira, sem filhos, é doutora em estudo francófonos. Ministrava aulas de francês na Furg e participa do Núcleo de Estudos Canadenses da Universidade. Em 2008, foi aprovada para uma bolsa do Governo Federal, com duração de dois anos. Partiu em outubro para Porto Príncipe, onde leciona francês para os soldados brasileiros e português para os haitianos. A professora mora em uma casa da Embaixada Brasileira.


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