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Haiti  | 13/01/2010 18h08min

Veja a lista das vítimas brasileiras do terremoto no Haiti

São 14 militares, dois deles gaúchos, e a missionária Zilda Arns

Atualizada em 15/01/2010 às 11h30min

Quinze brasileiros foram confirmados entre os mortos pelo terremoto de 7,3 graus da escala Richter que atingiu o Haiti na terça-feira. Com exceção da missionária Zilda Arns, todos eram militares em missão no país. Dois deles eram gaúchos — o cabo Douglas Pedrotti Neckel e o tenente Bruno Ribeiro Mario. Para saber quem são os brasileiros desaparecidos, clique aqui.

Soldado Tiago Anaya Detimermani

Morador de Cachoeira Paulista, no Vale do Paraíba, o soldado Tiago Anaya Detimermani, 23 anos, no Haiti desde julho, preparava-se para retornar ao Brasil no sábado, dia 15. Quando aconteceu o terremoto, Detimermani concluía seu último dia de trabalho na missão de paz capitaneada pelo Brasil. Após ser retirado com vida dos escombros, o soldado seria levado para um hospital nos EUA, mas não resistiu aos ferimentos. Detimerman estava lotado no 5º Batalhão Infantaria Leve de Lorena (SP).

Primeiro-tenente Bruno Ribeiro Mário

Nascido em São Gabriel, Bruno completaria neste fim de semana seis meses na missão de paz no país caribenho e estava programado para voltar ao Brasil no próximo sábado. A família o esperava a tempo de comemorar seu aniverário em Santa Maria. De acordo com o tio de Bruno, Arnaldo Antônio Mário, o jovem, que faria 27 anos no dia 8 de fevereiro, fez o último contato com a família na segunda-feira. Bruno, os pais e a irmã conversavam diariamente pela Internet. O rapaz estudou no Colégio Militar de Santa Maria e, há quatro anos, servia em São Paulo.

Segundo-sargento Davi Ramos de Lima

Pernambucano de nascimento, o segundo-sargento Davi Ramos de Lima morou desde a infância em João Pessoa, na Paraíba. Conforme familiares, ele deveria ter retornado ao Brasil no dia 4, o que não ocorreu devido a problemas burocráticos. Após seis meses no Haiti, ele retornaria ao Brasil próximo sábado. Há 15 anos no Exército, Lima era casado e deixa três filhos: 14 anos, sete anos e quatro meses, todos residentes em Lorena, São Paulo. A família foi comunicada da tragédia na madrugada de hoje.

Cabo Douglas Pedrotti Neckel

Natural de Cruz Alta, o gaúcho de 23 anos era o aluno 01 da turma de cabos e foi considerado o melhor praça do 5º Batalhão Infantaria Leve de Lorena (SP) em 2008. Radicado com a família no interior de São Paulo há 14 anos, sempre sonhou em servir o Exército e chegou a trancar o curso de Adminstração na Faculdade São Joaquim quando surgiu a oportunidade de embarcar para o Haiti. De malas prontas, voltaria neste sábado.

Cabo Washington Luis de Souza Seraphin

Com 23 anos e no Haiti desde junho passado, o militar tinha a volta prevista para a próxima sexta-feira. Ao retornar, ele pretendia retomar a faculdade de Biologia, que havia trancado para integrar a missão de paz e casar com Najara Alves de Abreu, 23 anos, com quem namorava havia sete anos.

Subtenente Raniel Batista de Camargo

O subtenente Camargo, 42 anos, conversou com a filha horas antes de morrer no terremoto que arrasou o Haiti. Pelo skype, ele cumprimentou Giovana, que completava seis anos na terça-feira. Ele deverá ser sepultado em Pato de Minas (MG). No Exército há 21 ano, o militar ingressou na escola de sargentos, em Três Corações, em Minas Gerais. Depois que se formou passou por Brasília (DF), Assis Brasil (AC), Natal (RN) e Botucatu (SP).

Soldado Antônio José Anacleto

De acordo com Sônia Mara Anacleto, irmã de Anacleto, a família preparava uma grande festa para comemorar a chegada do militar, prevista para o final de semana. Solteiro e fanático por futebol, o corintiano Anacleto era o mais novo de quatro irmãos. Vivia com eles e o pai em uma casa humilde do bairro CDHU, na periferia de Cachoeira Paulista (SP). Estava havia cerca de sete anos no Exército.

Soldado Felipe Gonçalves Julio

Natural de Lorena (SP), o soldado Felipe era casado, tinha 22 anos e servia no 5º Batalhão de sua cidade. Em seu perfil no Orkut, cita como cidade natal Lorena/Haiti/Porto Príncipe e mostra sua paixão por carros, especialmente seu Corsa. Em suas comunidades no site, revelava o desejo de participar do Big Brother Brasil, era fã de praia e da banda NX Zero e demonstrava orgulho por fazer parte do Exército.

Coronel Emílio Torres dos Santos

O coronel do gabinete do Comandante do Exército em Brasília estava no Haiti desde maio passado. Até agora, ele é o único brasileiro da Minustah na lista oficial de mortos, segundo o Exército. Paraquedista, o coronel foi comandante do 26º Batalhão de Infantaria Paraquedista, unidade de elite do Exército. Carioca, deixou mulher e duas filhas. Em março do ano passado, foi condecorado com a Ordem do Mérito Militar.

— Ele vai fazer muita falta, era uma ótima pessoa — disse Marcelo Ricardo, zelador do prédio onde o coronel vivia em Brasília.

Segundo-sargento Leonardo de Castro Carvalho

Nascido em São João del Rey (MG), o segundo-sargento Leonardo tinha 29 anos e morava em Lorena (SP), onde servia no 5º Batalhão de Infantaria Leve. Estava no Haiti havia seis meses e retornaria ao Brasil no fim do mês.

Cabo Arí Dirceu Fernandes Júnior

Cabo do Exército, natural de São Vicente (SP), servia no 2º Batalhão de Infantaria Leve de São Vicente, antes de seguir para o Haiti, em 2004. Preparava-se para voltar no dia 24. Tinha 23 anos e teria se apresentado como voluntário para ir ao Haiti. Solteiro, seu sonho era seguir carreira no Exército. Será homenageado hoje, às 11h, em missa na capela do 2º Batalhão, em São Vicente.

Soldado Kleber da Silva Santos

Natural de São Vicente, o soldado servia no 2º Batalhão de Infantaria Leve. Tinha 22 anos, era solteiro, e estava no Haiti desde seus 18 anos, em 2006. Voltaria para o litoral paulista no dia 24 deste mês. Também será homenageado hoje, às 11h, em missa a ser realizada na capela do 2º Batalhão, em São Vicente.

Terceiro-sargento Rodrigo de Souza Lima

Natural de Barra do Piraí (RJ), o terceiro-sargento Rodrigo tinha 24 anos e servia no 5º Batalhão de Infantaria Leve, em Lorena (SP). Era esperado pela namorada e pelos amigos, que estavam organizando uma festa para a sua chegada, programada para sábado.

Soldado Rodrigo Augusto da Silva

O soldado deixou a cidade natal, Cachoeira Paulista (SP), para servir a 18 quilômetros dali, em Lorena. Aos 24 anos, era solteiro e seria recebido no sábado com um churrasco que os amigos estavam organizando.

Zilda Arns

A mais popular entre as vítimas brasileiras é a pediatra e sanitarista Zilda Arns, 75 anos. Fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança — e também da Pastoral da Pessoa Idosa —, a catarinense era conhecida por iniciativas solidárias no Brasil e em comunidades pobres pelo mundo. Estava no Haiti para participar de encontro com religiosos. Representante da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e membro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, Zilda era irmã do arcebispo emérito de São Paulo, Paulo Evaristo Arns.

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Em infográfico, entenda o que aconteceu no país caribenho:


No You Tube, internautas postam imagens direto do Haiti:

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