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 | 20/11/2008 10h01min

Crise financeira faz PSA Peugeot Citroën cortar 3,5 mil empregos

Demissões atingirão operários profissionais, funcionários, técnicos, agentes e diretores

O grupo automobilístico francês PSA Peugeot Citroën anunciou hoje que cortará 3,55 mil empregos em todas as suas fábricas e em todos os setores, argumentando que a recessão que está prejudicando as vendas na Europa continuará.

A PSA Peugeot Citroën convocou uma reunião extraordinária do comitê de empresa para o dia 2 de dezembro para tratar do corte, que envolve 2,7 mil empregos de estrutura e 850 da fábrica de Rennes, especializada em veículos de luxo, que são os que mais sofrem a maior queda de vendas.

Esta reestruturação, que chama de "Redistribuição dos Empregos e Competências", refere-se a operários profissionais, funcionários, técnicos, agentes e diretores, disse em comunicado a PSA, no qual afirma que a diminuição de funcionários será feita sem indenizações nem pré-aposentadorias.

A companhia ressaltou que seu plano Cap 2010 previa um crescimento em sua atividade nos próximos anos, "mas a crise financeira e industrial que atinge toda a economia representou uma redução violenta de volumes de venda do grupo nos principais mercados europeus".

Isto explica o novo ajuste, que se junta às medidas já iniciadas, como redução de custos, diminuição da capacidade das fábricas, muitas das quais estão ou entrarão em greve parcial.

A companhia francesa, que lembrou que a crise leva a uma queda das vendas nos principais mercados europeus de aproximadamente 17% no quarto trimestre, assegurou que "esta recessão vai continuar em 2009", e adiantou que o retrocesso será "de pelo menos 10%".

O diretor de recursos humanos, Jean-Luc Vergne, afirmou que neste contexto "o pior seria não fazer nada", pois isto poderia colocar em risco a empresa e seus 200 mil empregados.

— Em 2007, demonstramos que sabíamos resolver nossos problemas de adequação de funcionários sem conflitos, sem dramas humanos, conforme o nosso compromisso de não deixar ninguém diante do seu problema de emprego — declarou Vergne.

— Saberemos regular neste mesmo espírito nossas dificuldades atuais e sairemos reforçados e mais competitivos da crise — acrescentou.

No comunicado, a empresa disse que em sua fábrica de Rennes (noroeste da França) há um excedente de cerca de 900 operários. Por isto, transferirão 900 empregados de Rennes para Sochaux, Mulhouse, Aulnay, Poissy, entre outras localidades.  

Entenda a crise:

EFE
 
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